Só um "punhado" de aliados dos Estados Unidos permanecerá no Iraque até o fim do ano, disse nesta terça-feira (9) uma fonte de primeiro escalão do governo Bush.

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Essa fonte falou sob anonimato a jornalistas pouco depois de o presidente George W. Bush apresentar um plano para a retirada de 8.000 soldados até fevereiro, deixando uma desocupação mais abrangente para seu sucessor.

"Assim como reformulamos a estrutura de força dos EUA, vamos reformular a coalizão", disse essa fonte. "Vamos reduzir de cerca de 29 países para um punhado de países nos próximos 90 dias aproximadamente."

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Bush diz que a retirada de 8.000 soldados da impopular guerra do Iraque é possível graças à recente redução da violência por lá, mas deixou claro que uma redução mais ambiciosa ameaçaria essa melhora.

"A mesma lógica de 'volta com sucesso' será aplicada nos próximos meses à coalizão. Alguns desses contingentes são bem pequenos - dezenas de soldados - e alguns são grandes como o contingente britânico."

Esse funcionário não quis citar países que saem ou ficam.

"A razão é que queremos que o governo do Iraque emita esses convites formalmente, de forma bilateral, para esse punhado de países", disse. "Então não queremos passar por cima do governo do Iraque aqui."

Os EUA têm 146 mil soldados no Iraque. A Grã-Bretanha tem 4.100. Nenhum outro país tem mais de mil soldados como parte da coalizão no Iraque - Cingapura, por exemplo, tem lá um Exército de um homem só.

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Washington negocia com o governo iraquiano um acordo de longo prazo para regulamentar a presença militar norte-americana no Iraque depois que expirar o atual mandato da ONU, no final do ano.

O premiê Nuri Al Maliki quer garantias de que as tropas dos EUA não ficarão por lá indefinidamente. O governo Bush, por sua vez, reluta em aceitar um cronograma rígido para a retirada.

Em discurso sobre o Iraque, Bush citou a retirada australiana e a intenção polonesa de fazer o mesmo. "Muitas outras nações da coalizão poderão concluir seus deslocamentos para o Iraque neste ano", disse ele.

Mesmo a Grã-Bretanha já reduziu substancialmente sua presença. Outros países europeus, onde há forte sentimento popular contra a guerra, também estão sob pressão para se retirar do Iraque

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