Os Estados Unidos pediram que Israel congele os assentamentos na Cisjordânia durante um ano a fim de estimular os países árabes a tomarem medidas com vistas à normalização das relações com o Estado judaico, disse um jornal israelense nesta quinta-feira.
O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barack, em entrevistas a duas rádios israelenses, não fez comentários sobre a notícia do jornal Haaretz.
Mas afirmou que "uma tentativa para chegar a entendimentos" com Washington sobre uma suspensão das construções nos assentamentos estava sendo feita em cooperação com os esforços do presidente dos EUA, Barack Obama, para persuadir os países árabes a retomarem as negociações de paz com Israel.
"Tudo isso está dentro de um contexto de um plano amplo para um grande acordo regional que aparentemente está tomando forma, como uma possível iniciativa do presidente Obama", disse Barak à Rádio Israel.
O jornal Haaretz diz que a proposta para o congelamento de um ano nos assentamentos da Cisjordânia ocupada foi sugerida pelo enviado especial de Obama, George Mitchell, durante reuniões em Jerusalém na semana passada com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Israel prefere o congelamento por seis meses, afirmou o jornal. Mitchell e Netanyahu disseram na semana passada que avançaram nas conversações.
Diferença profunda
O assunto provocou o maior racha nas relações entre EUA e Israel em uma década e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que as negociações de paz com Israel, suspensas desde dezembro, não podem ser retomadas até que cessem as obras nos assentamentos.
Barak, que também se encontrou com Mitchell na semana passada, afirmou na terça-feira que Washington apresentaria um plano para o Oriente Médio dentro de semanas e que Israel deveria aceitá-lo.
Ele suscitou publicamente a possibilidade de um acordo segundo o qual Israel interromperia as obras nos assentamentos, mas concluiria os projetos em andamento em troca de propostas de paz dos Estados Árabes.
Gestos de boa vontade por parte dos países árabes em direção à retomada de laços comerciais ou diplomáticos com Israel ajudariam Netanyahu a convencer parceiros na coalizão de direita para aceitar um comprometimento com relação aos assentamentos.
Mas havia poucas indicações de que os países árabes da região fariam tais gestos sem um congelamento nos assentamentos.
O Kuweit e a Jordânia afirmaram na semana passada em Washington que Israel deveria cumprir suas obrigações para que as negociações de paz fossem retomadas. A Arábia Saudita acusou o Estado judaico de não agir com seriedade na questão da paz com os palestinos.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Deixe sua opinião