Genebra - A União Europeia (UE) acusou ontem o Irã de apoiar a repressão na Síria e inclui três iranianos na lista de pessoas que passarão a ser sancionadas pelo bloco em resposta às violações aos direitos humanos em Damasco. A UE adotou uma nova rodada de sanções contra o governo de Bashar Assad, na Síria. Mas, em um claro sinal a Teerã de que não irá tolerar o envolvimento do Irã no país vizinho, Bruxelas optou por também punir iranianos.
As sanções entram em vigor amanhã e visam a demonstrar a Damasco que a repressão não será aceita pelos países europeus. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1,1 mil pessoas já morreram como resultado da ação do governo em impedir as manifestações. Mais de 10 mil pessoas teriam sido detidas.
Ganha força, porém, a acusação de que Assad estaria sendo diretamente auxiliado por Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano.
"A inclusão de nomes iranianos na lista de sanções contra o regime da Síria é algo positivo. Isso manda uma mensagem clara ao governo do Irã de que sua ajuda em equipamentos e conselhos técnicos para ajudar o governo sírio a reprimir os protestos é inaceitável", afirmou o Reino Unido.