O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que a decisão de expulsar o embaixador dos EUA em La Paz, Philip Goldberg, foi justificada "pela rejeição dos povos indígenas ao império americano".
A expulsão, na última quarta-feira, foi motivada pelo fato de o embaixador ter encorajado a divisão da Bolívia e os atos violentos cometidos por grupos de oposição, disse Morales.
A decisão foi apoiada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez (que também expulsou o embaixador dos EUA em La Paz), e pelo presidente de Honduras, Manuel Zelaya, que na sexta-feira recusou-se a receber as credenciais do novo embaixador norte-americano em seu país. Washington retaliou com as expulsões dos embaixadores da Bolívia e da Venezuela.
Referindo-se a Morales e a Chávez, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Sean McCormick, disse na sexta-feira que esses incidentes diplomáticos "refletem a fraqueza e o desespero desses líderes quando eles enfrentam desafios internos".
Morales reagiu neste sábado, afirmando que sua decisão "não foi fruto de fraqueza, mas de dignidade. "Onde há império, não há desenvolvimento. Quando um império domina um país, não há impulso, não há independência, não há dignidade. A questão é nos libertarmos e termos nosso próprio desenvolvimento".
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