O presidente boliviano, Evo Morales, 54 anos, assumiu nesta quarta (21) o terceiro mandato em cerimônia na cidade andina de Tiwanaku, a 70km de La Paz e mais de 3,8 mil metros de altitude. Na quinta-feira (22) ocorre a posse oficial, na capital boliviana, com a presença de outros chefes de Estado latino-americanos, inclusive a presidente Dilma Rousseff.
Com um discurso de fortes críticas ao capitalismo e ao imperialismo, que chamou de "filosofia de morte", Evo disse que a modernização proposta pelos colonizadores causou o desaparecimento de várias populações indígenas nas Américas e tentou fazer com que os que sobreviveram abrissem mão de seus idiomas, sua música, seus alimentos, sua identidade, mas que, agora, os "milhões estavam voltando e mostrando que podem governar melhor que os descendentes dos conquistadores, "porque somos capazes de parar a destruição do planeta".
Usando uma vestimenta tradicional que ele mesmo mandou confeccionar, no valor de 27 mil bolivianos (US$ 3.800), Morales passou por ritual de limpeza guiado por lideres amautas, diante do monólito da Pachamama, monumento central da cultura tiwanacota. O presidente levava na cabeça o ch'ucu, um gorro de quatro pontas com a figura do sol, a vestimenta contem detalhes em ouro.
Diante de questionamento da oposição sobre os valores gastos na festa, Morales assumiu os gastos da roupa. Além disso, uma guarda indígena composta por 300 homens e 300 mulheres compareceu à cerimônia de forma voluntária.
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