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América Latina

Evo Morales diz saber de papel dos EUA em golpe em Honduras

Presidente da Bolívia, Evo Morales, discursa em sua visita a Montevidéu e acusa EUA do golpe em Honduras | Reuters
Presidente da Bolívia, Evo Morales, discursa em sua visita a Montevidéu e acusa EUA do golpe em Honduras (Foto: Reuters)

O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou na segunda-feira (13) acusações contra os Estados Unidos pelo golpe de Estado em Honduras e disse ter informação sobre a participação da potência na derrubada do mandatário Manuel Zelaya.

Morales, de visita por algumas horas no Uruguai, havia comentado dias atrás que também houve narcotraficantes vinculados à manobra.

"Tenho informação de primeira que o império, mediante o Comando Sul dos Estados Unidos, faz um golpe de Estado em Honduras", disse Morales a jornalistas em Montevidéu, sem dar mais detalhes.

Depois de uma reunião, o mandatário boliviano e o presidente Uruguai, Tabaré Vázquez, emitiram um documento conjunto em que apoiaram Zelaya e disseram não reconhecer nenhuma outra autoridade em Honduras.

Zelaya foi sequestrado e expulso do país no final de junho, em um golpe de Estado encabeçado por militares.

"É uma agressão, uma provocação do império. Com Tabaré Vázquez expressamos nossa solidariedade e apoio ao presidente Zelaya. Os dois países não vamos reconhecer nenhum outro presidente", disse Morales.

O mandatário deposto disse na segunda-feira que a mediação para resolver a crise em Honduras fracassará se o governo interino de Roberto Micheletti não aceitar restituí-lo no cargo após um encontro previsto para o fim de semana.

O governo de Micheletti mostra-se inflexível ante à possibilidade de que Zelaya regresse ao poder em seu país, deixando pouca margem de manobra ao presidente da Costa Rica, Oscar Arias, mediador das conversações.

Zelaya conta com o respaldo dos governos da região, entre eles o do venezuelano Hugo Chávez, que pediu aos Estados Unidos que tome ações para mostrar seu compromisso com a restituição do presidente deposto.

O hondurenho foi expulso de seu país no mesmo dia previsto para a convocação de uma consulta popular que abriria caminho para sua reeleição.

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