Favorito nas pesquisas de intenção de voto do país, o presidente da Bolívia e candidato à reeleição, Evo Morales, tentou afastar o tom de vitória ao votar neste domingo (6) numa sessão eleitoral de Cochabamba, na região do Chapare, seu berço político.
"Uma coisa é otimismo e outra coisa é cantar vitória", disse Evo após o voto, transmitido pelas redes de TV do país. O presidente disse que vai "esperar pacientemente o resultado" e que é preciso "continuar batendo recordes de participação eleitoral".
Primeiro presidente indígena do país, Evo aparece com vantagem de cerca de 55% nas pesquisas de intenção de voto - uma grande diferença sobre o principal candidato de oposição, Manfred Reyes Villa, da chapa Plano Progresso para a Bolívia, que aparece com 18%.
As eleições na Bolívia são também para Senado e Câmara, e é aí que está o desafio de Morales. Entre os 130 deputados e 36 senadores que serão eleitos para integrar a nova Assembleia Legislativa Plurinacional, o partido de Morales, o Movimento ao Socialismo (MAS), precisa ter maioria.
'Segurança e tranquilidade'
O presidente da Corte Nacional Eleitoral, Antonio Costas, inaugurou na manhâ deste domingo (6) as eleições presidenciais e legislativas na Bolívia. Costas disse que os 5,1 milhões de cidadãos poderão votar com segurança e tranquilidade.
Ele rechaçou as criticas de duplicidade após a implementação de um novo registro aos cidadãos e garantiu que não houve fraude na aplicação do padrão biométrico. Costas garantiu um resultado do pleito (em 80% do país) em menos de 48 horas apos o fechamento das urnas.
As eleições terão 494 observadores internacionais. Segundo o representante do Parlmento Andino Alejandro Callejas, os observadores tem como missão "monitorar a participacao dos eleitores, obervar a dinâmica da votação e checar a documentação".
Em todo país está proibida a circulação de veículos e consumo e venda de bebida alcóolica. As urnas abriram às 8h (10h de Brasília) e fecharão as 16h. Segundo a Corte Nacional Eleitoral, a contagem de votos tera início por volta das 18h (20h no Brasil).
Início da votação
A reportagem do G1 esteve no colégio Augustin Aspirazu, em La Paz, na abertura da votação. O movimento estava tranquilo e as mesas estavam se organizando para dar início à votação.
O casal Juan Alberto Pacges e Roxana Gutieres chegou cedo para votar. "Preferimos não pegar filas e eu voto num lugar e ela em outro", disse Juan Alberto, o primeiro da fila.
Referendos
Além do voto presidencial e legislativo, os bolivianos votarão também em referendos regionais. Doze comunidades indígenas decidirão por sua autonomia (prevista na nova Constituição), e cinco departamentos do país também definirão se querem ou não ter um regime de autonomia departamental.
Um 'sim' permitirá aos departamentos organizar governos que exerçam funções legislativas, fiscalizadoras, regulamentares e executivas.
Deixe sua opinião