• Carregando...

O general da reserva palestino Moussa Arafat, primo do ex-líder Yasser Arafat, foi assassinado nesta quarta-feira com 23 tiros na porta de sua casa no bairro de Tal al-Haua, na Cidade de Gaza, por milicianos do Comando Popular da Resistência. Testemunhas disseram que a residência foi invadida por cerca de cem homens armados, que seqüestraram, ainda, o filho, de Moussa, Menhal Arafat. Um porta-voz do grupo radical disse ter aplicado "a lei de Deus".

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, condenou o assassinato do controvertido primo de Arafat, contra o qual pesavam várias denúncias de corrupção. Abbas, que fez uma reunião de emergência com membros do Conselho de Segurança Nacional, prometeu que os assassinos serão detidos e julgados pela Justiça.

Arafat, de 65 anos, comandou até abril as forças de Segurança Nacional e, por isso, foi um dos militares mais odiados pela população, segundo fontes locais. Moussa era acusado de privilegiar seu grupo em detrimento do bem comum.

Inicialmente, pensou-se que Menhal havia sido morto, mas o ministro para Assuntos de Prisioneiros e Libertados, Sufyan Abu Zaida, informou que funcionários do governo palestino estão negociando com os seqüestradores a libertação do sobreinho de Yasser Arafat.

A morte de Moussa Arafat pode criar uma grave crise no governo palestino. Os chefes dos serviços de inteligência da ANP, Maher Al-Fares, exigiu a demissão do ministro do Interior, Nasser Yussouf, a quem responsabilizou pela execução.

O movimento islâmico radical Hamas, responsável por grande parte dos ataques terroristas contra israelenses, condenou a política de ajuste de contas na Faixa de Gaza, embora tenha ressaltado de Moussa Arafat seja responsável pela morte de muitos palestinos.

- A ANP não foi capaz de controlar seus membros e de pôr fim ao caos de que somos hoje testemunhas - destacou o porta-voz do Hamas Abu Zuhri.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]