Uma injeção letal acabou nesta terça-feira, pouco depois da meia-noite (6h no horário de Brasília) com a vida do ex-líder de gangue Stanley Tookie Williams, o réu condenado por à morte por assassinato e indicado em várias ocasiões para o Nobel da Paz.
A combinação de produtos químicos injetadas pelas autoridades do corredor da morte da prisão de San Quentin, na baía de São Francisco, parou o coração de Williams, de 51 anos.
O réu, considerado culpado em 1979 pelo assassinato de quatro pessoas rejeitou a última ceia e a companhia de um conselheiro espiritual, segundo um porta-voz da prisão.
Embora inicialmente tenha dito que não queria que ninguém próximo a ele estivesse presente em sua execução, no final teve cinco testemunhas: a editora de seus livros, Barbara Becnel, e quatro membros de sua equipe legal. Os funcionários da prisão deram acesso a 39 testemunhas, entre elas 17 jornalistas.
No meio da tarde, Williams recebeu roupa limpa e foi levado para um quarto onde esteve supervisionado por todo o tempo por guardas. Os funcionários contaram que ele passou o resto do tempo lendo televisão e lendo algumas das 50 cartas que recebeu na segunda-feira de lugares tão distantes como Itália e Israel.
Um porta-voz da prisão disse que Williams parecia calmo apesar de não ter comido nada durante o dia, exceto cereais com leite.
Não havia mais esperanças de que avida de Williams fosse poupada depois que o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, ter negado na segunda-feira mudar a pena capital por prisão perpétua e que dois tribunais da Califórnia e a Suprema Corte dos EUA terem recusado em intervir.
Com sua morte, desaparece um personagem controvertido, que nos últimos tempos se tornou um símbolo contra a pena de morte e atraiu uma legião de seguidores.
Fundador em sua adolescência da gangue de rua de Los Angeles Crips, William foi proposto em seis ocasiões por seus partidários para o Nobel da Paz, e a série de livros para crianças que escreveu durante sua longa permanência na prisão e lhe valeram uma indicação para o Nobel de Literatura.