O ex-primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de 81 anos, continua inconsciente no hospital, quatro anos após sofrer um derrame que o deixou em coma profundo. Seu ex-porta-voz e amigo, Dov Weisglass, disse ontem que os sinais vitais de Sharon são bons, mas que não é possível afirmar se um dia ele retomará a consciência. Segundo médicos especialistas, essa hipótese é improvável.
Sharon liderou Israel de 2001 até janeiro de 2006, quando sofreu o derrame. Antes disso, ele foi oficial do exército na década de 1970. Após deixar as forças armadas, ingressou na política e virou um parlamentar linha-dura do Partido Likud (direita) e um partidário dos assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Ele serviu em vários cargos ministeriais e foi o arquiteto da desastrosa invasão israelense do Líbano, que começou em 1982. Em 1983 foi forçado a renunciar quando uma investigação israelense mostrou que ele foi responsável indireto pelo massacre de 800 palestinos, nas mãos dos cristãos libaneses, nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, em Beirute.
Sharon reergueu sua carreira política e foi eleito primeiro-ministro de Israel em 2001. Em 2005, escandalizou seus partidários ao retirar Israel da Faixa de Gaza.