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O líder militar do Egito, marechal Mohamed Hussein Tantawi, demitiu o responsável por assuntos de mídia, general Ismail Etman, para melhorar a imagem da instituição, manchada por causa das mortes de manifestantes e acusações de que os militares estão minando a revolução democrática do Egito.

A mudança é a primeira no conselho militar desde que os generais tomaram o poder do presidente Hosni Mubarak durante os levantes populares, em fevereiro passado.

Apesar de ter evitado um confronto violento ao exigir a saída de Mubarak, o Exército também tentou reprimir os protestos subsequentes com o uso da força, matando dezenas de pessoas. A instituição só aceitou, de forma relutante, entregar o governo a um civil em junho deste ano, e tentou proteger seus privilégios e evitar a supervisão de civis.

Ismail Etman, de 60 anos, foi "eximido do serviço e substituído pelo general Ahmed Abu El-Dahab, diretor da divisão de artilharia", disse uma fonte do Ministério da Defesa. A decisão foi divulgada posteriormente pela mídia estatal.

Muitos jovens defensores da democracia não confiam nos militares e suspeitam que eles queiram restringir os poderes civis ao explorar a frágil situação de segurança no país.

Dezenas de pessoas morreram quando o Exército tentou reprimir protestos nas ruas do Cairo em novembro e dezembro. Um vídeo de soldados maltratando manifestantes feridos despertou uma fúria generalizada. O Exército disse que soldados também foram mortos.

Os militares atribuem a violência a "mãos invisíveis" que estão "determinadas em estabelecer o caos entre os egípcios" e minar as conquistas que os levantes contra Mubarak alcançaram.

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