Editorial: A paz cada vez mais distante
Falta disposição para a negociação tanto por parte de Israel quanto por parte dos terroristas do Hamas.
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O Exército israelense anunciou a abertura de uma trégua humanitária de quatro horas a partir das 15h locais (9h de Brasília) em Gaza, confirmou nesta quarta-feira (30) um porta-voz das Forças Armadas.
Em um breve comunicado, o Exército israelense informou sobre a "autorização de uma janela temporária na Faixa de Gaza" entre 15h e 19h locais. A cessação da ofensiva israelense, no entanto, "não será aplicada nas áreas onde os soldados do Exército estão operando atualmente".
Além disso, segundo a nota, "os residentes não devem retornar às zonas que foram previamente evacuadas" pelas Forças Armadas de Israel, que deslocaram cerca de 200 mil pessoas no interior da Faixa, as quais buscam abrigo em casas de familiares ou em escolas da ONU, que, por sinal, também são alvos de ataque.
Fontes militares assinalaram que as razões para esta pausa, "que de modo algum é um cessar-fogo", são puramente humanitárias.
"O Exército responderá a qualquer tentativa de aproveitar desta janela humanitária para danar civis ou soldados israelenses", ressalta o documento.
Até o momento, segundo os últimos dados apresentados pelo Ministério da Saúde de Gaza, 1.279 palestinos morreram na Faixa e mais de 6.700 ficaram feridos.
Neste aspecto, somente desde a meia-noite, 67 pessoas morreram em Gaza, 19 delas em um ataque da aviação israelense contra uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), informou a agência de notícias "Ma'an".
Devido aos esforços por parte do Egito em relação a um cessar-fogo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reunirá com os membros do gabinete de segurança para decidir o futuro da ofensiva Limite Protetor em Gaza.
A reunião, que estava prevista para ser realizada ontem, será realizada nesta tarde na sede do Ministério da Defesa, disseram fontes governamentais citadas pela imprensa local.
O jornal conservador "Israel Hayom" informa hoje que não há consenso entre os membros do gabinete para pôr fim à operação.
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