Jatos sírios bombardearam um posto de fronteira tomado por rebeldes perto das colinas de Golã, ocupadas por Israel, em um dos confrontos mais pesados na região neste ano, disseram rebeldes e moradores nesta quinta-feira (28).
A Frente Al-Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, e grupos rebeldes moderados que lançaram o ataque na manhã desta quarta-feira (27) no posto de fronteira estavam "mantendo o terreno", apesar do intenso bombardeio, de acordo com uma fonte da brigada islâmica Beit al Maqdis, cujos combatentes estavam envolvidos nos combates.
Um porta-voz de um outro grupo rebelde que opera na área, Abu Iyas al Horani, disse que pelo menos seis rebeldes foram mortos na mais recente onda de violência na região que fica quase 20 quilômetros a oeste da cidade de Quneitra, o principal centro urbano, que está sob o controle do Estado.
A travessia é monitorada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que supervisiona o tráfego entre os dois países inimigos.
Na quarta, durante os combates, dois israelenses foram feridos por balas perdidas, um soldado e um civil, nas colinas de Golã. Israel respondeu com fogo de artilharia contra duas posições do Exército sírio.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que 20 soldados sírios e 14 rebeldes foram mortos nos confrontos. A organização reúne informações de todos os lados da guerra da Síria.
A ONU disse nesta quinta-feira (28) que 43 membros uma força de paz foram detidos por um grupo armado na Síria e que outros 81 estão ameaçados na região das colinas de Golã.
Os rebeldes tomaram brevemente no ano passado o posto fronteiriço entre Israel e Quneitra e agora controlam muitas aldeias na região.
A TV estatal síria informou ainda que o Exército "eliminou mais de 10 terroristas" em um ataque ao leste do aeroporto de Deir al-Zor, incluindo dois homens que seriam líderes do Estado Islâmico.
Ocidente
O presidente francês, François Hollande, afirmou nesta quinta que o dirigente sírio Bashar al-Assad "não pode ser um sócio na luta contra o terrorismo", nem na Síria nem no Iraque, onde a facção Estado Islâmico controla várias regiões.
"Precisamos de uma aliança ampla, mas que fique claro: Bashar al-Assad não pode ser sócio da luta contra o terrorismo", disse o presidente francês durante o discurso anual para os embaixadores do país no qual estabelece as diretrizes da política externa.
O Estado Islâmico (EI), presente na Síria, cenário de uma guerra civil entre o regime de Assad e os rebeldes, proclamou no fim de junho um califado (Estado que segue a lei islâmica) nas regiões que controla no Iraque e Síria.
A Síria anunciou disposição a cooperar na luta contra o EI com o governo dos Estados Unidos, que já realizou bombardeios aéreos contra o movimento no Iraque.
Na Síria, os países ocidentais apoiam a chamada oposição moderada, tanto contra o regime de Assad como contra os radicais do EI e outros grupos islamitas extremistas.
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