O governo da Síria afirmou que o Exército do país conseguiu destruir dois aviões de guerra que estavam em poder do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na província de Aleppo, no norte do país, informou nesta quarta-feira (22) a agência de notícias oficial Sana.

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"A Força Aérea síria destruiu imediatamente dois dos três aviões obsoletos quando estavam aterrissando em uma base aérea abandonada em Aleppo", declarou o ministro de Informação da Síria, Omram al Zubi, em entrevista ontem à noite à televisão estatal, repercutida hoje pela "Sana".

Zubi afirmou que o Exército sírio está buscando a terceira aeronave, mas acrescentou que "o EI não será capaz de utilizá-la".

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Na última sexta-feira, ativistas revelaram que o EI tinha em seu poder pelo menos três aviões de guerra, capazes de voar e manobrar, no aeroporto militar de Al Jarrah, em Aleppo, controlado pelos jihadistas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) detalhou que as aeronaves são caças do tipo Mig 21 e 23, de fabricação russa, e que o EI estava treinando seus combatentes para pilotá-los.

De acordo com Zubi, o caso dos aviões em poder do EI serviu apenas como um pretexto para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, estabelecer uma zona de exclusão aérea na fronteira comum.

"Isso é ridículo. É uma história tola que já desapareceu e da qual ninguém vai falar mais", frisou o ministro sírio.

O EI proclamou um califado em partes do Iraque e da Síria no final de junho, após conquistar grandes porções do território desses dois países.

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No dia 23 de setembro, a coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, começou a bombardear bases dos extremistas em território sírio.

Apesar de seus reservas iniciais, o governou de Damasco enalteceu qualquer esforço na luta antiterrorista.

"A Síria manterá sua luta contra o terrorismo até o fim. O país dá as boas-vindas para quem quiser coordenar ações (com a Síria) e cooperar", disse Zubi.

O responsável sírio lembrou que "o território sírio é uma linha vermelha. Nem um único palmo pode ser separado dele, nem entregue a qualquer grupo armado ou Estado".

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