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O eleitorado de Israel está dividido sobre se o país deveria ceder à pressão do governo norte-americano para conter a expansão dos assentamentos e aceitar a criação de um Estado palestino, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Yedioth Ahronoth.

Na opinião de 40 por cento dos entrevistados, Israel deveria resistir à pressão do governo de Barack Obama, mesmo que o país corresse o risco de sofrer sanções. Outros 56 por cento acham que Israel deveria atender às reivindicações feitas por Obama na quinta-feira em um discurso no Cairo.

Essa posição, no entanto, pode incluir integrantes da minoria árabe de Israel (um quinto da população), que em geral apoia a criação do Estado palestino e se opõe à existência dos assentamentos na Cisjordânia.

Desde que assumiu o cargo, em março, o primeiro-ministro direitista Benjamin Netanyahu reluta em aceitar a pressão de Washington para suspender a ampliação dos assentamentos e negociar a criação do Estado palestino.

Na quinta-feira (4), Obama insistiu nesses pontos ao fazer no Cairo um discurso em que prometeu um "novo começo" nas relações dos EUA com o mundo islâmico. Ele também disse que os palestinos deveriam abandonar a violência, e que o grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, deveria admitir o direito de Israel a existir.

Comentando a pesquisa, o jornalista Sima Kadmon disse que "o orgulho é um traço honroso, mas não à custa de uma disputa com o senhor".

A pesquisa ouviu 501 pessoas, representando estatisticamente a população de Israel. Para 53 por cento, as políticas de Obama para Israel são ruins, enquanto 26 por cento as consideram positivas.

Há também uma divisão em relação ao desempenho de Netanyahu no cargo: 47 por cento o apoiam, e 45 por cento o rejeitam.

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