O êxodo de migrantes da Venezuela está se aproximando de um “momento de crise” comparável à fuga de refugiados pelo Mediterrâneo, afirmou nesta sexta-feira (24) a agência da ONU para migração. Na próxima semana, representantes de Colômbia, Equador e Peru se encontram para buscar soluções para o grande fluxo de venezuelanos que estão recebendo.
Descrevendo esses eventos como sinais de aviso, o porta-voz da OIM (Organização para a Migração Internacional), Joel Millman, disse que fundos e maneiras de gerenciar a crise devem ser alcançados.
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"Isso está escalando para um momento de crise que vimos em outras partes do mundo, particularmente no Mediterrâneo", afirmou.
Na quinta (23), a OIM e o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) pediu que os países da América Latina facilitem a entrada dos venezuelanos. Estima-se que mais de 1,6 milhão tenham deixado o país desde 2015.
Equador cria corredor humanitário
O governo do Equador anunciou a criação de um corredor humanitário ao longo de seu território para que os venezuelanos que entrem no país sejam levados de ônibus até a fronteira com o Peru, informou o jornal El Comercio.
A travessia, que se estende por 800 km e normalmente é feita à pé pelos imigrantes, contará com apoio policial. De acordo com o ministro do Interior equatoriano, Mauro Toscanini, haverá "sete pontos de controle policial ao longo do corredor humanitário".
Desde o sábado passado, o Equador passou a exigir passaporte válido, e não apenas a carteira de identidade, para venezuelanos que tentam entrar no país. O Peru anunciou que vai adotar medida semelhante a partir deste sábado (25).
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O chanceler José Valencia afirmou que seu país está "frustrado" com a Venezuela pela falta de vontade política para solucionar a crise migratória.
"Cremos que uma saída negociada é indispensável para a crise venezuelana. É desumano permitir que milhares de pessoas saiam do país como fruto de uma crise política, econômica e social", afirmou, segundo o El Comercio.
O Equador convocou uma reunião envolvendo 12 governos da América do Sul e Central, em meados de setembro, para discutir como tratar o êxodo venezuelano de forma regional. Estão confirmadas as presenças de Brasil e Chile.
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