Bagdá A explosão de duas bombas no distrito sunita de Al Mansur, em Bagdá, indica que a violência não dá trégua nem mesmo depois da execução de Saddam Hussein. Em tese, o enforcamento deveria aplacar a fúria dos xiitas massacrados pelo regime e pôr em luto a corrente sunita a que pertencia o ex-ditador. Na prática, o que se vê é que a lição da violência do Estado foi bem assimilada pelas guerrilhas, comprovando a tese dos analistas de que a execução tão desejada pelo governo do primeiro-ministro Nouri Al Maliki fomentaria o sectarismo. A explosão de ontem matou ao menos 13 pessoas e feriu outras 25 de acordo com a polícia.
Na região, estão localizadas muitas das representações diplomáticas presentes no país, disseram fontes policiais.
A primeira explosão ocorreu perto de um grupo de vendedores de gasolina, e a segunda ocorreu devido a uma bomba que estava escondida na mesma região. Os dois atentados também provocaram danos nos edifícios e veículos do bairro, um dos mais luxuosos de Bagdá.
Os EUA não indicaram nenhuma baixa militar nos últimos dias. Mas segundo um relatório divulgado pelo Pentágono na terça-feira, dia 2, passou de 3 mil o número de militares mortos desde a invasão do país, em março de 2003. Forças da coalizão também tiveram baixas significativas: foram 250 mortes, a maioria de soldados britânicos.
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