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Explosão mata 15 na Nigéria após posse do presidente

Uma bomba explodiu ontem em um bar localizado em instalações militares no instável norte de maioria muçulmana da Nigéria, matando 15 pessoas horas após o presidente cristão do sul nigeriano assumir o posto. A informação foi divulgada hoje por um oficial que participava dos esforços de buscas pelas vítimas do ataque.

O chefe de polícia do Estado de Bauchi, Mohammed Indabawa, disse que a explosão atingiu um bar na cidade de Bauchi, às 20 horas deste domingo, horas após a posse do presidente Goodluck Jonathan na capital nigeriana, Abuja. Indabawa disse que dez pessoas foram mortas, mas a fonte que ajudou a levar as vítimas para o hospital e para o necrotério afirmou que 15 pessoas morreram e 35 se feriram. Ele pediu anonimato, pois os militares disseram que esse é um assunto exclusivo deles.

Um porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Emergências Yushau Shuaib, disse que 20 pessoas se feriram. Segundo ele, várias medidas foram tomadas para evitar a violência no dia da posse.

O atentado é uma mostra dos desafios diante de Jonathan. O presidente vindo do sul jurou ontem para um mandato de quatro anos, com a tarefa de unir o país. Nenhum grupo reivindicou a ação. A nação de 150 milhões de habitantes tem mais de 150 grupos étnicos, mas está amplamente dividida entre o sul dominado pelos cristãos e o norte muçulmano. Jonathan é um cristão do sul, e sua vitória causou violência nos Estados do norte nigeriano.

Muitos no norte acreditam que o próximo presidente deveria ser alguém da região, pois o presidente muçulmano morreu no cargo. O ex-presidente Umaru Yar'Adua seria reeleito, mas sua morte deixou a presidência nas mãos de um político cristão do sul. Um acordo não escrito no partido governista prevê que a presidência fique alternadamente com um cristão do sul e um muçulmano do norte.

O Estado de Bauchi é ainda uma base da seita radical muçulmana conhecida como Boko Haram. Esse grupo defende a implementação da lei radical islâmica na região. As tensões são abastecidas ainda pela pobreza e pelo desemprego na Nigéria.

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