A fábrica de fertilizantes do Texas, West Fertilizer, que explodiu na quarta-feira (17) à noite, foi investigada em 2006 por não ter todas as licenças para operar, de acordo com a mídia local. À época, a empresa foi acusada de não possuir medidas de segurança para garantir um plano de evacuação adequado e teve que pagar multa de US$ 2.300. O número de mortos no incidente pode chegar a 15 e o de feridos a mais de 160, informaram autoridades nesta quinta-feira (18).
A Comissão do Texas em Qualidade Ambiental investigou a West Fertilizer em junho de 2006, após receber reclamação sobre o forte cheiro de amônia vindo da fábrica. Ao investigar a denúncia, a comissão descobriu que a indústria não obtivera a licença de funcionamento naquele ano.
A empresa, segundo a imprensa local, concordou em cumprir todos os padrões previstos para o armazenamento da substância. O inquérito concluiu que a planta tinha que ser inspecionada "uma vez por dia durante o horário de expediente para garantir que nenhum vazamento ocorresse".
A empresa se comprometeu a criar uma barreira física para proteger o tanque de armazenamento e colocar um dispositivo que faz com que a amônia seja ventilada para o tanque principal e para a atmosfera, além de não encher os tanques com mais de 85% da sua capacidade.
A explosão aconteceu por volta das 20h de quarta-feira, hora local (23 horas pelo horário de Brasília), na cidade de West, no Texas. Segundo TVs locais, hospitais da região se preparavam para receber até 200 pessoas. West é uma cidade com menos de 3 mil habitantes, a cerca de 130 quilômetros de Dallas.
A violência da explosão foi tamanha que vários moradores de outras pequenas cidades no entorno de West relataram, por meio de redes sociais, terem ouvido o barulho, visto a fumaça ou mesmo sentido o impacto na estrutura de suas casas. De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, a explosão causou um tremor de 2,1 graus na escala Richter.
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