Entre a tristeza e uma certa sensação de alívio. Foi assim que a família de Osama bin Laden recebeu a notícia da morte do terrorista. Em Genebra, uma de suas ex-cunhadas, Carmen bin Laden, garantiu que o militante radical mais procurado do mundo "jamais se entregaria, para passar o vexame que sofreu Saddam Hussein", ex-ditador do Iraque, que morreu enforcado.
"Osama, certamente, preferia ser morto ou até cometer suicídio a ser preso e levado para um tribunal, seja no Paquistão, Afeganistão ou nos Estados Unidos", diz Carmen. Ela é suíça e foi casada com Yeslam, um dos 54 meios-irmãos de Bin Laden. No entanto, já separada há alguns anos, ela chegou a escrever um livro, em 2004, contando a década que viveu em Riad, na Arábia Saudita, com o clã Bin Laden. Segundo Carmen, a família recebeu a notícia de sua morte "com grande sentimento de tristeza", apesar de não ter nunca apoiado o terrorismo.
Ainda assim, para a ex-cunhada, o local onde Bin Laden foi encontrado é uma demonstração clara de que ele sempre teve o apoio "de poderosos". "O local onde ele vivia (em Abbottabad) mostrava claramente que ele tinha apoio financeiro e político. Eu sempre me surpreendi com isso e com o fato de ele sempre ter conseguido escapar", declarou.
O irmão Yeslam também recebeu a notícia da morte de Bin Laden com um sentimento ambíguo de tristeza e alívio. Yeslam vive até hoje em Genebra, de onde comanda os negócios da família na Europa. Ontem, ele optou por não se pronunciar. No entanto, um de seus filhos foi autorizado a conversar com o jornal O Estado de S. Paulo, sem que sua identidade fosse revelada.
Segundo o sobrinho de Bin Laden, a família que vive em Riad ficou "bastante triste" em saber como ele foi morto. "Mas muitos já esperavam isso. Foi até um peso que sumiu", disse. lembrando que os negócios da família no Ocidente sofreram bastante desde 2001.
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