Quase 70% dos israelenses querem a renúncia de Olmert
A pesquisa ouviu 500 pessoas, após a divulgação do relatório sobre os erros cometidos pelo governo e pelas Forças Armadas durante a invasão do Líbano.
O ex-primeiro-ministro trabalhista de Israel Ehud Barak acenou com a possibilidade de realização de eleições antecipadas, enquanto o gabinete de Ehud Olmert examinava nesta quarta-feira a parte secreta do relatório da comissão de investigação sobre a guerra no Líbano.
Barak voltou à arena política ao afirmar na terça-feira à noite que convocará eleições antecipadas caso vença as primárias trabalhistas de 28 de maio.
Isto ocorre após o relatório provisório da comissão de investigação do juiz Eliahu Winograd sobre as falhas da guerra no Líbano, divulgado na semana passada.
Barak evitou fixar a data desta eventual consulta, mas se declarou disposto "a assumir durante este período transitório a função de ministro da Defesa", exercida atualmente pelo número um do trabalhismo Amir Peretz.
Ex-chefe do Estado-Maior, Barak está entre os favoritos para as primárias trabalhistas, apesar de seu nome estar ligado ao fracasso das negociações de Camp David de julho de 2000 com Yasser Arafat e o presidente americano Bill Clinton, quando era primeiro-ministro.
Segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Yédiot Aharonot, Barak obteria no primeiro turno 32% dos votos, contra 29% para Ami Ayalom, um ex-chefe do Shin Beth, e 18% para Amir Peretz.
Ainda segundo esta pesquisa, Ayalon venceria Barak no segundo turno.
O comitê central trabalhista deve se reunir no domingo para discutir a respeito do relatório Winograd que critica severamente Olmert, Peretz e o ex-chefe do Estado-Maior Dan Halutz.
Durante a reunião poderá ser votada a permanência do partido na maioria do governo.
Caso se pronuncie contra a aliança com Olmert, "o partido fixará uma data para sua saída", disse um oficial trabalhista que solicitou anonimato.
O líder da oposição, Benjamin Netanyahu, número um do Likud (direita), também se manifestou a favor de eleições antecipadas, das quais sairia como o grande vencedor, segundo as pesquisas.
Se os 19 deputados trabalhistas se retirarem da maioria, Olmert ficará apenas com o apoio de 59 dos 120 membros da Câmara.
Neste caso restariam três opções: a demissão, uma reestruturação do gabinete ou eleições antecipadas.
De acordo com os analistas, do ministério da Defesa, Barak poderá reverter a tendência e superar Netanyahu em um futuro confronto.
Já Ayalon poderá promover uma nova aliança com o Kadima, dotado de uma nova direção até o fim da legislatura em 2010.
A principal rival de Olmert no Kadima é a ministra das Relações Exteriores Tzipi Livni.
O gabinete de segurança se reuniu nesta quarta-feira a portas fechadas para examinar a parte secreta do informe Winograd.
"Não haverá comunicado desta reunião, a não ser que sejam tomadas decisões operacionais", informou à AFP o porta-voz de Olmert.
Segundo a imprensa israelense, a comissão Winograd pretendia divulgar os testemunhos de Olmert, Peretz e Halutz.
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