Bogotá - Mais dois reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram resgatados na missão humanitária que conta com a ajuda das Forças Armadas brasileiras. A operação de libertação do vereador Armando Acuña, 48, e do militar Henry López, 25, ocorreu ontem. "Vivi na própria carne os rigores da guerra e quero fazer um chamado para que demos o impulso e o respaldo necessários pela unidade nacional, para ver se é possível o anseio de todos os colombianos: viver em paz", disse Acuña, por telefone, a uma emissora de rádio local.
O anúncio do resgate foi feito pela mulher do vereador. "Ele me disse que estava bem, perguntou por sua mãe e disse que nos veríamos aqui", contou Nubia Segura, que falou com o marido por telefone enquanto o esperava em Bogotá.
Acuña é membro do Partido Conservador e vereador de Garzón, cidade do departamento de Hulia (sul da Colômbia). Ele foi resgatado da floresta em um helicóptero Cougar do Exército brasileiro. Ele estava sob o poder das Farc desde maio de 2009.
Após essa operação no fim da manhã de ontem, a aeronave partiu para a libertação do segundo refém, o oficial da Marinha Henry López. Ele estava em cativeiro desde maio de 2010.
A libertação foi confirmada pela Cruz Vermelha, quando Acuña e López eram transladados a Bogotá, onde reencontrariam familiares.
Além de delegados da Cruz Vermelha, integram a missão a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba e militares brasileiros.
Assim como no primeiro dia da operação, Córdoba agradeceu pelo apoio do governo do Brasil.
Outros reféns
Na quarta-feira, o grupo resgatou o primeiro dos reféns, o vereador Marcos Baquero, que esteve 19 meses em cativeiro.
Os cinco reféns foram sequestrados pela guerrilha entre 2007 e 2010. A libertação foi acordada pelas Farc em dezembro passado. São os primeiros resgates desde que o presidente Juan Manuel Santos assumiu o poder, em agosto de 2010. A expectativa é que o resgate seja concluído amanhã, quando as Farc prometem libertar o policial Guillermo Solórzano e o militar Salín Antonio Sanmiguel Valderrama.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, disse ontem em entrevista ao jornal "El Tiempo", que a guerrilha já deveria ter consciência de que não têm chances de prosperar.
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