Rebeldes colombianos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entregaram um soldado refém a uma missão que foi buscá-lo de helicóptero no meio da floresta no sul do país, informou um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha neste domingo.
A missão contava com Militares do Exército Brasileiro e integrantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que deflagraram, por volta de 11h (horário de Brasília), o resgate do soldado colombiano Josué Daniel Calvo, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Josué Calvo foi raptado pelas Farc em 20 de abril de 2009 nos arredores de El Encanto, Vista Hermosa. Além desta missão, os militares brasileiros estarão envolvidos no resgate de Pablo Emilio Moncayo, também soldado colombiano, que está sob poder das Farc há mais de 12 anos. O resgate de Moncayo está previsto para ocorrer na região da cidade de Florencia, no departamento de Caquetá.
Os dois soldados fazem parte de um grupo de 23 militares e policiais que as Farc mantêm como reféns e que o grupo rebelde pretende trocar por cerca de 500 guerrilheiros presos, algo que o presidente colombiano Alvaro Uribe rejeita.
O helicóptero brasileiro partiu da cidade de Villavicencio, na Colômbia, com seis militares brasileiros, dois integrantes da Cruz Vermelha, um religioso da igreja católica colombiana e a senadora Piedad Córdoba, que conduz as negociações com o grupo guerrilheiro.
Chegada
Os dois helicópteros do Exército brasileiro, chegaram por volta de 15h20 (horário de Brasília) deste sábado (27) à Villavencio na Colômbia. As aeronaves saíram às 9h30 de São Gabriel da Cachoeira (AM) e fizeram uma parada em Querari (AM), por volta de 12h30. O trecho final da viagem até Villavencio é estimado em duas horas e meia.
Estão nos helicópteros 20 militares que farão parte da operação de resgate. A operação vai durar até terça-feira (30) e será dividida em duas partes. A primeira fase acontece neste domingo (28) e a segunda na terça. Em cada uma delas será resgatado um refém. A operação é toda comandada pela Cruz Vermelha e o Brasil dá apenas apoio logístico.