A senadora Piedad Córdoba anunciou nesta quinta, pelo twitter, que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entregarão primeiro um soldado que está em cativeiro há quase um ano e, só no início da próxima semana, outro militar, refém da guerrilha há mais de 12 anos. Até agora, as autoridades sabiam apenas que as Farc libertariam os dois membros do Exército, mas não qual deles seria solto primeiro, nem de onde sairiam os helicópteros para buscá-los.
Piedad já trabalhou pela libertação de vários políticos e militares, no início de 2008 e em 2009. Ela contou que, no sábado, partirá em busca do primeiro militar, da cidade de Villavicencio, capital do departamento (Estado) de Meta, 75 quilômetros a sudeste de Bogotá. Na segunda-feira, informou a parlamentar, partirá outro helicóptero de Florencia, no departamento de Caquetá, 380 quilômetros a sudoeste da capital colombiana, em busca do segundo sequestrado.
"Neste sábado, partirá a operação de Villavicencio para buscar o soldado Josué Calvo e, na segunda-feira, de Florencia, para a libertação de Pablo Moncayo", afirmou Piedad no twitter.
Calvo, de 23 anos, foi capturado pela guerrilha em 20 de abril de 2009, em uma área do sul colombiano. Já o sargento Pablo Emilio Moncayo, hoje com 32 anos, foi capturado em 21 de dezembro de 1997, de um posto de comunicações do Exército na zona de Patascoy, no departamento de Nariño, sudoeste do país.
Com um dos militares cativos, as Farc prometeram também enviar os restos mortais do major Julián Ernesto Guevara, oficial de polícia que morreu na selva em janeiro de 2006, após suportar mais de sete anos de sequestro. Ex-companheiros narraram que Guevara estava muito doente, com tosse, e numa manhã foi encontrado morto.
Piedad disse que, como em outras entregas de reféns, ela partirá com delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em um helicóptero do Brasil, até um ponto não revelado da selva. A senadora disse que já está com as coordenadas dos locais de entrega, dados que ela recebe de modo confidencial dos insurgentes.
Já o comandante das Forças Armadas da Colômbia, general Freddy Padilla, afirmou que durante essa operação, serão suspensos os sobrevoos na zona indicada pela congressista e pela Cruz Vermelha, 18 horas antes e também até 18 horas depois do resgate. Isso ocorre a pedido das Farc, para que o grupo tenha tempo de retirar seus guerrilheiros da região em que ocorrerá a entrega.
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