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Farc são criticadas e perdem prestígio com morte de governador

O assassinato de um governador da Colômbia, atribuído pelo governo à guerrilha Farc, atraiu nesta quarta-feira uma ampla condenação internacional e expôs falhas nas políticas de segurança.

Supostos rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) sequestraram na noite de segunda-feira o governador de Caquetá, Luis Francisco Cuéllar, e o mataram em seguida, no mais grave crime contra a política de segurança adotada pelo presidente Álvaro Uribe em seus sete anos de mandato.

O corpo degolado do político, de 69 anos, apareceu na terça-feira em um terreno despovoado perto da cidade de Florencia, onde ele vivia. Aparentemente, foi assassinado ao se negar a entrar na selva. Cuéllar já havia sido sequestrado cinco vezes.

A Organização das Nações Unidas (ONU), a Anistia Internacional, a União Europeia e a Human Rights Watch condenaram o crime, que deve piorar a imagem da guerrilha perante a comunidade internacional, segundo analistas.

"Para o direito internacional humanitário, a tomada de reféns constitui crime de guerra, e a morte subsequente do governador confere extrema gravidade à prática recorrente desse crime por parte de dito grupo guerrilheiro", disse o escritório da ONU para Direitos Humanos na Colômbia.

"Reiteramos a exigência às Farc-EP para que seus integrantes liberem de imediato e sem condições todas as pessoas que mantêm em seu poder. Também conclamamos seus líderes a se comprometerem para que todos os seus membros respeitem as normas do direito internacional humanitário", acrescentou a nota.

As Forças Armadas da Colômbia dizem que, com esse crime, as Farc buscavam protagonismo político com vistas à eleição geral de 2010, além de pressionar o governo por um acordo para a troca de 24 reféns por centenas de rebeldes presos.

O assassinato de Cuéllar, no dia do seu aniversário, deixou em segundo plano a expectativa pela libertação de dois militares e da entrega do cadáver de um policial morto em cativeiro, que está em negociação com as Farc.

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