Autoridades americanas continuam à procura neste domingo do suposto terrorista Abdel Nur, acusado na véspera de planejar com outros três mulçumanos um atentado no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York. A "célula de terroristas extremistas mulçumanos" reunia desde janeiro de 2006 fotografias e vídeos para planejar o ataque contra dutos de gasolina que abastecem aviões no terminal, disse o oficial do FBI (polícia federal americana) Mark Mershon.

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Os outros três acusados foram presos no sábado, entre eles Russel Defreitas, um ex-funcionário do aeroporto, nascido na Guiana e de nacionalidade americana. Também foram detidos o ex-parlamentar do mesmo país Abdul Kadir e kareem Ibrahim, de Trinidad e Tobago. Os supostos teroristas afirmaram que "ir contra Kennedy é o que poderia causar mais dano contra os Estados Unidos". "Eles amam (o ex-presidente) John F. Kennedy. Se atacado, todo o país estaria de luto (...) e, além disso, poderíamos destruir a economia dos Estados Unidos durante um tempo".

Oficiais do FBI acreditam que o ataque poderia ser pior do que o de 11 de setembro de 2001. De acordo com a BBC Brasil, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirma que o ex-funcionário do aeroporto preso planejou esse ataque há mais de uma década.

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- Colocaríamos todo o país para se lamentar - disse DeFreitas à reportagem da TV americana CBS.

A CNN informou que Russell Defreitas foi descrito por uma fonte como "um extremista muçulmano muito raivoso". Os outros dois presos foram presos em Trinidad e Tobago.

Segundo o site da CNN, aviões não seriam atacados.

- Não há risco à segurança aérea ou às pessoas relacionado a esse plano - disse à BBC um porta-voz do FBI, Richard Kolko, em Washington.

De acordo a agência Associated Press, o objetivo era detonar explosivos em uma rede de encanamento de combustível que alimenta o aeroporto e também passa por bairros residenciais. O bairro nova-iorquino do Queens também seria severamente atingido, já que os canos passam sob ele. Um oficial descreveu os suspeitos como "aspirantes a Al-Qaeda".

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Em uma nota, segundo a BBC, o Departamento de Justiça disse que o plano "se aproveitava de uma rede internacional de muçulmanos extremistas dos Estados Unidos, da Guiana e de Trinidad e Tobago, e usava o conhecimento, perícia e contatos dos conspiradores para desenvolver e planejar o ataque e obter apoio operacional e capacidade de levá-lo adiante".

O Departamento também diz que os acusados usaram seus contatos para "apresentar seu plano terrorista a grupos radicais na América do Sul e no Caribe", incluindo lideranças de um grupo responsável por uma tentativa de golpe de estado em Trinidad e Tobago em 1990. O plano foi revelado quando os terroristas tentavam recrutar ajuda de uma pessoa que era um informante da polícia.

O aeroporto JFK e áreas vizinhas ficaram em estado de alerta máximo neste sábado, afirmou as autoridades aeroportuárias de Nova York e Nova Jersey. Jeanie Mamo, porta-voz da Casa Branca, disse que o presidente Bush foi informado e acompanha as investigações de perto.