Faixa de Gaza (AFP) Milhares de palestinos festejaram ontem nas ruínas de Neve Dekalim antiga "capital" dos colonos judeus da Faixa de Gaza a retirada israelense da região. Os líderes das principais facções palestinas se dirigiam à multidão, dois dias após a saída das tropas israelenses que marcou o fim de 38 anos de ocupação.
Em nome do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, o secretário-geral do movimento, Tayeb Abdelrahim, afirmou que a felicidade de seu povo "permanece incompleta". Ele defendeu a desocupação também da Cisjordânia e da "capital eterna Al Quds" (Jerusalém).
"As colônias não podem existir para sempre. É um fato. Os israelenses diziam que os assentamentos de Kfar Darom e Netzarim, na Faixa de Gaza, eram cruciais para a segurança nacional, mas, graças a força de vocês, eles os abandonaram", acrescentou.
O líder do movimento radical Hamas em Gaza, Mahmud Zahar, afirmou a jornalistas que a retirada israelense era o resultado dos ataques conduzidos por seu grupo. "Os que estão congregados aqui hoje devem saber que eles devem isso às nossas armas, à resistência do Hamas e ao sangue dos nossos mártires", declarou.
Em entrevista divulgada na terça-feira pela televisão, Abbas pediu o fim do "caos armado" que permite a ação das facções radicais palestinas. No entanto, Zahar reiterou que seu movimento se recusava a entregar as armas. "Não permitiremos o confisco de nenhuma arma destinada à resistência", avisou.
Lula arranca uma surpreendente concessão dos militares
Polêmicas com Janja vão além do constrangimento e viram problema real para o governo
Cid Gomes vê “acúmulo de poder” no PT do Ceará e sinaliza racha com governador
Lista de indiciados da PF: Bolsonaro e Braga Netto nas mãos de Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
Deixe sua opinião