O líder cubano Fidel Castro, 89, fez nesta quinta-feira (7) a primeira aparição pública em nove meses ao visitar uma escola de Havana para marcar o aniversário de nascimento de sua cunhada, Vilma Espín, que morreu em 2007.
Imagens da televisão estatal cubana mostravam Castro conversando com alunos e professores na escola, que leva o nome da cunhada de Fidel. “Tenho certeza de que, em um dia como esses, Vilma estaria feliz”, disse.
“Todo mundo que morreu pela Revolução deixa sua energia no caminho, entrega seu esforço e luta. Os que estamos aqui consideramos um privilégio estar nesta escola porque ela se aproxima de uma espécie de sonho”.
Líder revolucionária no leste cubano, Vilma Espín foi mensageira dos dissidentes do regime de Fulgencio Batista em Cuba e os irmãos Castro que, na início da década de 1950, preparavam a invasão da ilha no México.
Foi em território mexicano que ela conheceu o atual ditador, Raúl Castro, com quem se casou em janeiro de 1959, dias após a derrubada de Batista. No regime comunista, foi presidente da Federação das Mulheres Cubanas por 47 anos.
A última aparição pública de Fidel Castro havia sido em 4 de julho de 2015, quando visitou o Instituto de Pesquisa de Alimentos de Cuba. No período, no entanto, recebeu uma série de visitas em sua casa em Havana.
Pela residência do líder passaram o papa Francisco e o patriarca Cirilo, da Igreja Ortodoxa russa, em fevereiro, além de aliados como os presidentes da Bolívia, Evo Morales; e da Venezuela, Nicolás Maduro.
Não houve, no entanto, encontro de Fidel com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quando este esteve em Cuba em março, a primeira de um líder americano desde 1928.
Na ocasião, o líder cubano contestou o discurso de Obama na ilha e disse que Cuba “não precisa de presentes” dos Estados Unidos.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”