O líder cubano Fidel Castro retomou grande parte das tarefas de governo em Cuba, mas não formalmente, segundo disse o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
"Houve momentos nos quais (Fidel) delegou totalmente as funções de governo, mas, a esta altura, retomou grande parte dos trabalhos, mas não formalmente", disse Chávez em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros, ao ser perguntado sobre a saúde do dirigente cubano.
Fidel Castro delegou provisoriamente o poder ao irmão Raúl em 31 de julho passado, devido a uma grave doença mantida em segredo de Estado. Saiba mais sobre a doença de Fidel
"Suas próprias notas, sua voz pelo telefone e outros detalhes indicam que há uma franca recuperação em sua saúde, mas não posso acrescentar mais nada", disse Chávez, ao responder uma pergunta sobre quando Fidel voltará a assumir oficialmente o comando de Cuba.
"Ontem à noite recebi uma mensagem escrita de Fidel", disse Chávez, que afirmou que se transformou, sem querer, no confidente do líder cubano e depositário da informação, "com riqueza de detalhes, do problema que esteve passando".
Chávez resumiu a situação dizendo que o líder cubano "está quase recuperado, dedicado a analisar e estudar".
Fidel esteve acompanhando o "mercado petroleiro, as trocas comerciais com a Venezuela, o caso Posada Carriles, as ameaças que continuam contra Cuba e Venezuela", disse o presidente.
Quinto aniversário
O presidente venezuelano Hugo Chávez celebra nesta sexta-feira (12) o quinto aniversário de seu regresso ao poder, após um rápido golpe de Estado em abril de 2002. Ao mesmo tempo, denuncia o que chamou de "preparativos desestabilizadores" para quando for fechado em maio um canal de televisão opositor.
Chávez realizou um primeiro ato ao meio-dia na Academia Militar, durante o qual chamou os reservistas a assumirem a tarefa"como soldados revolucionários" e abraçar o socialismo "como um projeto a ser construído" com o povo venezuelano.
O presidente aproveitou a ocasião para reiterar denúncias de que estão sendo preparadas novas conspirações para tirá-lo do poder, e aponta "o império" dos Estados Unidos e a "oligarquia criolla" como responsáveis.
Depois do ato na Academia Militar - durante o qual Chávez condecorou vários oficiais da reserva - o presidente participou de uma coletiva e seguiu para o palácio do governo, onde participou de uma concentração popular.
Durante a concentração, Chávez lembrou o 13 de abril de 2002, quando um movimento de militares leais, apoiado por manifestações populares, o reconduziu à presidência, da qual havia sido afastado dois dias antes.
Após sua reeleição em dezembro passado para o período 2007-2013, Chávez anunciou que se propõe a instalar um sistema socialista na Venezuela, para o qual prepara uma profunda reforma constitucional e promove a criação de um partido único oficial.
Na ocasião, o presidente avisou que não renovará a licença de transmissão da rede de televisão privada RCTV, a quem acusa de envolvimento no golpe de abril de 2002.
Segundo Chávez, planos de desestabilização de seu governo serão postos em prática a partir do dia 27 de maio, quando vence a concessão da RCTV, e que poderiam incluir uma tentativa de asassinato contra ele.
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