O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Pérez Roque, que está de visita à Índia, assegurou nesta quinta-feira (12) que "os momentos de maior gravidade" da doença do presidente cubano, Fidel Castro, "ficaram para trás".
Fidel "melhorou substancialmente", ganhou peso e faz exercícios diários. "Estamos otimistas e achamos que os momentos de maior gravidade de sua doença ficaram para trás", afirmou Pérez Roque em entrevista coletiva pouco antes de deixar a Índia.
Segundo o ministro, Fidel é "informado permanentemente" e "consultado sobre as decisões mais estratégicas" que o país adota desde julho, quando passou os poderes a seu irmão, Raúl Castro.
Pérez Roque disse que o presidente retornará a suas funções "quando estiver totalmente recuperado", embora tenha dito ser incapaz de "antecipar uma data exata".
Sobre a sucessão, o chanceler explicou que Cuba possui "mecanismos" para substituir o chefe de Estado e o líder do Partido Comunista. Pérez Roque se mostrou "otimista" com as possibilidades de o país "seguir adiante", já que o povo defende a Revolução e deseja manter a independência e o socialismo.
Após reivindicar o direito de Cuba a escolher seu "próprio modelo democrático", Pérez Roque afirmou que o atual é o "melhor", dadas as condições da ilha, "o que não exclui a autoridade soberana do povo de decidir correções sobre esta questão".
Durante sua estadia em Nova Délhi, Pérez Roque se reuniu com o ministro de Exteriores, Anand Sharma, e com o chefe de Governo, Manmohan Singh, além de manter um rápido encontro com a presidente do partido governante, Sonia Gandhi.
O ministro disse ter entregado a Singh uma carta de Fidel na qual este expressa sua "confiança" de que a Índia apoiará Cuba durante sua Presidência do Movimento de Países Não-Alinhados.
Após deixar Nova Délhi, Pérez Roque viajou rumo a Vietnã e China.