Nada de imigração, terrorismo ou economia: a nutrição é o principal tema das eleições americanas. Pelo menos na visão de Rod Silva, 43, candidato à Presidência dos Estados Unidos. Filho de brasileiros de Santos (SP), Rod quer ser o primeiro ocupante da Casa Branca fluente em português, embora com sotaque. Disposto a gastar até US$ 100 mil (cerca de R$ 400 mil) em sua empreitada, ele é uma das centenas de pessoas que se lançam como candidatos anônimos, independentes, nas eleições de novembro.
“Ninguém fala de um dos grandes problemas dos americanos, que é a saúde da população. Milhões de cidadãos estão com colesterol alto, obesidade, diabetes e com problemas cardíacos. Quando ficam doentes, não produzem, não pagam impostos” diz Rod, diminutivo de Rodney, que fundou o Nutrition Party, o Partido da Nutrição.
Ele conta que a vontade de ser presidente surgiu após conversas com pessoas por todo o país, enquanto trabalha na ampliação de sua rede de restaurantes, o Muscle Maker Grill, com 46 unidades em 12 estados americanos.
Nascido em Newark e residente em Piscataway, ambas em Nova Jersey, Silva avalia que os políticos de ambos os partidos, Democrata e Republicano, não falam a voz do povo: “São todos milionários, não sabem como é vencer na vida, como são os problemas das pessoas comuns. Tenho a impressão que, depois das eleições, vão todos continuar amigos, tomar uma bebida, um drink como os outros bilionários”, diz.
Disposto a gastar U$ 100 mil
Casado e com dois filhos, ele afirma que ser filho de imigrantes ajuda seu discurso, pois mostra que ele é alguém do povo, que subiu na vida com o American Dream. “A América foi feita por imigrantes”, afirma.
Ele vai investir em sua empreitada, do próprio bolso, até US$ 100 mil, obtidos com a venda de parte de uma empresa que possuía. Mas busca voluntários e criou uma página na internet para sua campanha.
Com a internet, quer que sua mensagem saudável chegue ao mundo. Questionado sobre seus próximos passos, caso não seja eleito presidente, sonha em tentar outro cargo eletivo nos EUA ou até mesmo no Brasil.
“Nunca se sabe. Sobre o Brasil eu sei que há muitos problemas com os políticos, todos têm um escândalo. O Brasil precisa resolver isso. O Brasil precisa ampliar sua relação com os EUA , o Brasil é um dos melhores segredos do mundo, tem muito potencial”, avalia.