Manila - A presidente das Filipinas, Gloria Macapgal Arroyo, declarou ontem todo o território filipino como "zona de catástrofe" com a aproximação do tufão Parma, que ameaça 1,8 milhão de pessoas, segundo alerta da Organização das Nações Unidas (ONU). O Parma deve chegar antes mesmo do país se recuperar dos danos causados pela tempestade tropical Ketsana, que deixou 293 mortos, 42 desaparecidos e 2,5 milhões de desabrigados.
"Esta medida permitirá a todas as administrações regionais utilizar os fundos de urgência governamentais, assim como controlar o preço dos produtos de primeira necessidade", explicou o ministro filipino de Informação, Cerge Remonde.
O serviço meteorológico das Filipinas indicou que Parma, que viaja com ventos sustentados de 195 km/h e sequências de até 230 km/h, está a 150 quilômetros de Catanduanes, no litoral oriental, e deveria tocar a terra na madrugada de hoje.
O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), alertou que 1,8 milhão de pessoas estão diretamente ameaçadas pela chegada do tufão Parma.
Segundo a porta-voz da agência, Elisabeth Byrs, 8,5 milhões de pessoas vivem na rota esperada do tufão e 1,8 milhões estão nos locais onde os ventos serão mais fortes.
As autoridades começaram a retirar residentes em zonas onde os ventos podem ter um impacto máximo, como na Província de Laguna, vizinha a Manila, levando cerca de cem pessoas a lugares seguros.
O ministro da Defesa filipino, Gilberto Teodoro, advertiu à população que não acudirão em seu resgate se não obedecem a ordem de retirada, que já afeta às Províncias de Catanduanes, Camarins Norte, Quezón, Aurora e Polillo.