Se o Estado palestino for reconhecido pela ONU, o que vai significar para o povo palestino?
É o começo do fim de uma injustiça de seis décadas. É também o começo de um processo sério de paz com o vizinho Israel, à base de igualdade, reciprocidade, respeito mútuo e cidadania.
Alguns analistas dizem que se houver reconhecimento da ONU será uma conquista mais simbólica do que de fato vai mudar as relações com Israel. O senhor concorda?
Sem dúvidas. São dois caminhos paralelos. Nós entendemos muito bem que é questão de negociação a retirada de Israel do Estado da Palestina, resolver as questões dos refugiados, de água, de fronteiras. Na ONU, é um passo adiante para facilitar as futuras negociações com o Estado de Israel. Será de Estado para Estado.
Ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, declarou que podem haver consequências. Há preocupação com essas consequências?
Israel ocupa territórios, está matando palestinos desde sua criação até o dia de hoje, está bloqueando Gaza por terra, ar e mar. Israel é uma potência ocupante e pode seguir ameaçando. Só que tem que enfrentar o povo palestino e o mundo. O colonialismo já acabou. Israel não pode seguir atuando à margem do direito internacional.
E como a comunidade internacional está recebendo a campanha pelo Estado palestino?
A Palestina tem agora a esmagadora maioria do apoio em nível internacional. O único que não concorda é o Estado de Israel, que quer manter-nos sob ocupação como escravo. Os EUA devem amadurecer e expressar-se como superpotência mundial, devem atuar à altura, não protegendo um agressor.
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