Mais de 20 civis morreram nesta sexta-feira (18) sob fogo de artilharia em Lugansk, capital da região homônima no leste da Ucrânia, denunciou a Prefeitura da cidade de meio milhão de habitantes.
"Segundo informações preliminares, pelo menos 20 pessoas morreram nesta manhã. O número exato de falecidos e feridos está sendo apurado", assinalou a administração municipal de Lugansk em comunicado.
As autoridades municipais denunciaram que o fogo de artilharia já alcança praticamente todos os bairros da cidade, incluindo a parte central.
A agência de notícias local "Novorossia", dependente dos separatistas pró-russos, assegurou que oito pessoas morreram após a queda de um míssil ucraniano sobre uma passagem de pedestres dessa cidade.
A capital da rebelde região pró-russa é submetida diariamente ao fogo de artilharia há várias semanas, depois que essa cidade e seus arredores se transformaram no epicentro dos combates entre as forças ucranianas e os separatistas.
Por conta dessa situação, incluindo o ataque a uma subestação, a cidade se encontra sem provisão de energia elétrica, enquanto a água chega às casas de maneira muito limitada.
A tragédia do Boeing 777 malaio, supostamente derrubado ontem com 298 passageiros a bordo, não freou os combates entre os dois lados nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
Tanto o governo ucraniano como os sublevados se acusam pela queda do avião malaio, embora Kiev também tenha citado que a Rússia poderia estar por trás dessa tragédia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou essas insinuações por parte da Ucrânia e acusou o governo de Kiev de mentir para exercer pressão sobre a investigação da catástrofe.