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Chanceler alemã deu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (18), em Berlim | Reuters/Axel Schmidt
Chanceler alemã deu uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (18), em Berlim| Foto: Reuters/Axel Schmidt

Angela Merkel: há muitos indícios de que MH17 foi abatido

Agência Estado

Na entrevista coletiva em Berlim, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que o voo MH17 parece ter sido abatido.

Merkel disse que ela "não tinha clareza" sobre quem era culpado por abater o avião.

"Há muitos, muitos indícios de que estamos lidando com um avião abatido", disse Merkel durante a sua coletiva de imprensa anual de verão. "Quem quer que seja deve ser levados à justiça. Para isso, precisamos de uma investigação independente".

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Olivia Harris/ Reuters

Atordoados e incrédulos, familiares de passageiros que estavam no avião da Malásia que caiu na Ucrânia se reuniram no aeroporto em Kuala Lumpur no início da sexta-feira, no horário local, exigindo informações sobre o que aconteceu e obtendo poucas respostas.

Leia a matéria completa.

Os Estados Unidos pediram o cessar-fogo "imediato" na Ucrânia para garantir o acesso "seguro" ao local, no leste do país, onde caiu um avião com 298 passageiros e facilitar assim a recuperação dos corpos.

"Pedimos a todas as partes envolvidas, a Rússia, os separatistas pró-russos e a Ucrânia, que apoiem um cessar-fogo imediato", afirmou em comunicado o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

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A chefe de Governo da Alemanha, Angela Merkel, também pediu nesta sexta-feira (18) um cessar-fogo na Ucrânia para facilitar a investigação sobre a queda do avião de passageiros malaio em uma área do país controlada por separatistas pró-Rússia.

"O importante agora é realizar uma investigação independente o mais rápido possível. Para isto, um cessar-fogo é necessário e isto é crucial para que os responsáveis (pela tragédia) sejam levados à justiça", disse Merkel.

Os rebeldes pró-Rússia concordaram em permitir o acesso dos investigadores ao local, sem obstáculos, anunciou a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

Earnest antecipou que Washington trabalhará com os países envolvidos e seus parceiros nas organizações internacionais "nas próximas horas e dias" para determinar o melhor caminho a ser seguido.

O porta-voz insistiu que "é vital" não manipular nenhuma prova e que "todas as evidências potenciais e os destroços no local do acidente permaneçam intactos".

Também declarou que, mesmo antes de ter acesso a todas as provas, está claro que o acidente aconteceu no contexto de uma crise na Ucrânia "encorajada pelo apoio russo aos separatistas, inclusive através do fornecimento de armas, equipamentos e treinamento".

O Boeing-777 de Malaysia Airlines caiu na região leste de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações pela queda da aeronave.

Derrubado

Os serviços de inteligência dos EUA consideram que o avião foi atingido por um míssil terra-ar, mas não puderam confirmar ainda a origem do projétil que derrubou a aeronave, segundo fontes de inteligência citadas pela emissora CNN e pelo jornal The Washington Post.

"Não foi um acidente, [o avião] explodiu no céu", disse o vice-presidente dos Estados Unidos, Joseph Biden, durante um discurso nesta quinta-feira em Detroit, no Estado americano do Michigan.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na quinta-feira (17) uma investigação "rápida" e "sem obstáculos" sobre a queda do avião.

O presidente russo, Vladimir Putin, também disse nesta sexta-feira que a catástrofe requer uma investigação "exaustiva e objetiva".

Segundo o Kremlin, o presidente afirmou que o incidente revela a necessidade de uma solução pacífica e rápida para o conflito no leste da Ucrânia.

"O chefe de Estado russo ressaltou que a tragédia ocorrida demonstra mais uma vez a necessidade para que se chegue, o mais rápido possível, a uma solução pacífica da grave crise na Ucrânia, e destacou que é necessária uma investigação exaustiva e objetiva sobre as circunstâncias da catástrofe", informou o Kremlin em comunicado.

Putin também expressou suas condolências ao primeiro-ministro da Holanda, já que a maior parte dos quase 300 passageiros do avião da Malaysia Airlines que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur eram holandeses.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou a Rússia diretamente nesta sexta. "Os russos foram longe demais. É um crime internacional cujos responsáveis devem ser julgados em Haia", afirmou.

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