Forças curdas e Exército iraquiano recuperam aldeias ocupadas pelo EI

As forças curdas e o Exército iraquiano recuperaram várias aldeias que se encontravam sob domínio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) nas províncias de Mossul e Al-Anbar, no Iraque.

Os peshmergas recuperaram duas aldeias do distrito de Majmur, ao sudeste da cidade de Mossul, no norte do Iraque, após violentos confrontos com os combatentes do EI na noite de sexta-feira.

Segundo explicou à Agência Efe o prefeito de Majmur, Ibrahim Sheikh Ala, os peshmergas atacaram na noite de sexta-feira as aldeias de Asurian e Baraiem Baul, que estavam sob o controle dos jihadistas desde 10 de junho, quando foi iniciada uma ofensiva no norte do Iraque e tomaram o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país.

Sheikh Ala garantiu que os duros confrontos não deixaram vítimas entre as forças curdas, mas grandes perdas materiais entre os extremistas, que abandonaram seu armamento e munição antes de fugir do local.

A fonte acrescentou que ainda há um grande número de aldeias árabes e curdas de Majmur dominadas pelo EI, mas se mostrou confiante de elas que serão recuperadas "nos próximos dias".

Situada 80 quilômetros ao sudeste de Mossul e a menos de 50 quilômetros da província de Erbil, capital da região autônoma do Curdistão, Majmur foi tomada pelo EI no dia 7 de agosto, depois que as forças curdas fugiram após os conflitos com os jihadistas.

A ocupação de Majmur permitiu aos extremistas avançar até 30 quilômetros de Erbil, embora os bombardeios aéreos da coalizão internacional no início de setembro tenha conseguido frear suas operações.

As Forças Armadas iraquianas, apoiadas por várias milícias e grupos tribais, conseguiram recuperar outras quatro aldeias ocupadas pelo grupo radical islamita na província de Al Anbar.

Segundo uma fonte de segurança da província, os jihadistas foram expulsos dos arredores de Hit, localizada a 60 quilômetros ao oeste de Ramadi, capital de Al-Anbar.

A fonte acrescentou que as forças governamentais também recuperaram o controle das zonas de Dailiba, Al Muhasna e Rufush, 50 quilômetros ao sul da cidade de Falluja, 65 quilômetros ao leste de Ramadi, após duros combates com combatentes do Estado Islâmico.

A fonte explicou que aviões da coalizão internacional liderada pelos EUA bombardearam três bases dos mujahedins na cidade de Al Qaim, que faz fronteira com a Síria.

Nesse ataque, que teve como alvo os distritos de Al Ramana e Al Buabid, assim como vários prédios do centro da cidade, terminaram com dezanas de mortes e feridos.

Os extremistas lançaram uma ofensiva relâmpago no norte do país em junho e proclamaram um califado nos territórios sob seu controle no Iraque e na vizinha Síria, onde impuseram uma interpretação radical da lei islâmica ("sharia") e expulsaram várias minorias religiosas iraquianas.