As forças de segurança do governo sírio ocuparam neste domingo (19) o tenso bairro de Mazzeh, onde neste sábado (18) foi morto o jovem manifestante Samer al-Khatib, durante um funeral em massa que se tornou o maior comício contra o regime visto em Damasco, afirmam ativistas. Mohammed Shami, porta-voz de ativistas na província de Damasco, disse que a maioria das lojas ficou fechada nos bairros de Mazzeh, Barzeh, Qaboon, Kfar Sousa e Jubar.
Manifestações de estudantes também eram esperadas em Mazzeh, mas as forças de segurança estão estacionadas perto de escolas, relata Shami. Outro ativista, Abu Huzaifa, disse que a polícia forçou a família de al-Khatib a enterrá-lo em uma pequena cerimônia mais cedo do que o esperado, numa ação para evitar protestos.
Enquanto isso, bombardeios esporádicos no bairro de Baba Amr, em Homs, foram intensificados à tarde, disse Hadi Abdullah, da Comissão Geral da Revolução Síria. Ele disse que os distritos de Bab Sbaa, Bab Dreib e al-Safsafa também têm sido bombardeados esporadicamente.
Também hoje, homens atiraram contra o carro que levava o promotor sírio Nidal Ghazal e o juiz Mohammed Ziadeh na província nordeste de Idlib, matando ambos e também o motorista, de acordo com a agência de notícias estatal Sana. A região é uma das mais atingidas pela repressão do governo de Bashar Assad. Ativistas reportaram a morte de mais 14 pessoas.
Refugiados
A Jordânia disse que organizou um campo de refugiados próximo à sua fronteira com o norte da Síria, preparando-se para o que muitos temem ser uma fuga em massa de cidadãos sírios. O Ministério do Serviço Público da Jordânia disse que a área tem 300 metros quadrados, está a 20 quilômetros da fronteira e deve ficar pronta em duas semanas. Autoridades estimam que mais de 10 mil refugiados sírios já estejam vivendo na Jordânia, a maioria em apartamentos privados. Mas afirmam que o número está aumentando com o recrudescimento dos ataques do governo.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), somente em 2011, 5.400 pessoas foram mortas na Síria. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro