Líderes da oposição grega fizeram progresso zero neste domingo nos esforços para tentar formar uma nova coalizão, apesar dos apelos internos e externos por eleições rápidas para que o país possa lidar com crises econômica e humanitária simultâneas.
Evangelos Meimarakis, líder conservador, gastou o terceiro e último dia dado pelo presidente grego para a formação de um governo e não obteve sucesso, rejeitado pelo primeiro-ministro, de saída, Alexis Tsipras e os líderes de partidos menores no Parlamento.
O ritmo lento das negociações para a coalizão desde a renúncia de Tsipras na quinta-feira, após somente sete meses no cargo, levaram a apelos da mídia por um líder interino para implementar medidas de austeridade e reformas, essenciais para garantir que a Grécia assegure os fundos vitais do socorro financeiro.
Tsipras denunciou a tática de Meimarakis e do esquerdista radical Panagiotis Lafazanis, que liderou as deserções no partido de Tsipras, o Syriza, por causa do programa de 98 bilhões de dólares e que é o próximo que deve tentar formar um governo.
“Não se importem com as manobras com o objetivo de atrasar as eleições. Elas não vão dar em lugar nenhum, e o povo entende isso”, afirmou Tsipras a integrantes do governo e do seu partido no sábado.
O premiê continua como favorito para formar um próximo governo depois das eleições, mas, seja quem for, o próximo líder da Grécia vai enfrentar problemas difíceis.
O país evitou por pouco o colapso econômico e a possível saída da zona do euro, quando Tsipras cedeu às exigências do bloco europeu e do FMI para garantir o socorro.
Lafazanis, cujo partido Unidade Popular se tornou, ao sair do Syriza, de imediato a terceira força, deve receber a missão presidencial nesta segunda-feira para tentar formar uma coalizão, depois das tentativas frustradas de Meimarakis.
Lafazanis, demitido do Ministério da Energia no mês passado por se rebelar contra o governo, insiste que vai usar todos os seus três dias e descartou negociar com quem apoie o programa de socorro à Grécia.
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