Bagdá (AFP) Três meses depois de sua eleição, o Parlamento iraquiano realizou ontem em Bagdá uma sessão inaugural protocolar, enquanto as negociações políticas para designar um primeiro-ministro e para formar um governo de união nacional continuam bloqueadas. No dia em que o Exército americano e as forças iraquianas lançaram uma ampla operação aérea e terrestre para varrer uma zona rebelde, próximo de Samarra, ao norte de Bagdá, os 275 deputados, reunidos no setor protegido da Zona Verde em Bagdá em meio a um imponente dispositivo de segurança, prestaram juramento sem designar um presidente.
Poucas horas depois da reunião, que durou apenas 40 minutos, dois disparos de obuses atingiram esse setor protegido onde ficam as embaixadas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, informou uma fonte do Ministério do Interior iraquiano, sem confirmar se o ataque deixou vítimas ou danos materiais.
"Conforme a Constituição, a sessão deve designar o presidente e seus dois adjuntos, mas depois de consultas com os blocos políticos, foi decidido deixar a escolha em aberto à espera de um acordo" sobre um governo de união nacional, declarou o decano dos deputados, o sunita Adnan Al Pachachi.
Ele pediu aos seus compatriotas que "demonstrem a todo o mundo que não serão arrastados para uma guerra civil" e aos líderes políticos que se coloquem "acima de suas orientações religiosas para formar um governo de união nacional".
O atual primeiro-ministro, Ibrahim Jaafari, da Aliança Unificada Iraquiana (AUI, com 128 assentos) quer assumir a liderança do novo governo, mas enfrenta a oposição de outros blocos parlamentares.
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