| Foto: /© twitter @RodGodfrey

Após um fim de semana em que a intolerância racial foi o principal assunto nos Estados Unidos, uma foto que mostra justamente o oposto se tornou viral mundo afora.

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Na imagem, captada pelo norte-americano Rob Godfrey e publicada em seu Twitter, um policial negro socorre um homem vestido com uma camiseta com uma suástica -- insígnia associada ao nazismo.

A foto foi feita durante as manifestações do último sábado, na Carolina do Sul, no Estados Unidos. Membros de grupos de supremacistas brancos, como a Ku Klux Klan (KKK), marcharam até o Capitólio da cidade de Columbia para protestar contra a retirada da bandeira confederada (um símbolo da Guerra Civil norte-americana hoje associado ao racismo) do legislativo estadual.

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Segundo informações do site “The New York Daily News”, o oficial na imagem é o diretor de segurança pública do estado, Leroy Smith. Um porta-voz de seu departamento disse que “não é incomum o diretor colocar seu uniforme para ajudar as tropas em ações”.

Ao perceber que o manifestante passava mal com o forte calor, Smith não poupou esforço para ajudá-lo.

O homem com a camiseta não foi identificado, mas sua roupa indica que é participante de um grupo neonazista chamado Movimento Nacional Socilista, o maior dos Estados Unidos e classificado como “extremista”.

Tensão

A manifestação de grupos de supremacistas brancos foi anunciada há algumas semana -- o que permitiu a movimentos negros se organizarem em uma espécie de “contraprotesto”. O encontro de grupos como a KKK e os New Black Panther Party (radicais em defesa dos direitos dos negros) gerou tensão nas ruas de Columbia.

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Ondeando bandeiras confederadas, algumas delas com o símbolo nazista, integrantes do KKK xingaram os afro-americanos que passavam por ali.

A tensão causada pela proximidade dos grupos fez as autoridades dobrarem a presença de agentes com coletes anti-balas e capacetes.

O evento precisou ser interrompido devido a princípio de confronto entre os grupos rivais.

Bandeira confederada

As manifestações tiveram como gatilho a retirada da bandeira dos estados confederados do Capitólio estadual. A flâmula foi retirada dia 10 de julho, após mais de meio século ondeando como símbolo do passado, ainda não completamente digerido, de segregação e escravidão no sul dos Estados Unidos.

A insígnia voltou a ser motivo de polêmica por causa do tiroteio em uma igreja afro-americana na cidade de Charleston, no norte do estado, em 17 de junho, que deixou nove mortos.

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Dylann Roof, autor confesso do massacre, afirmou que seu objetivo era provocar uma “guerra racial”, declarou, e fotos suas enrolado na bandeira confederada foram divulgadas, o que disparou o debate nacional sobre este símbolo.