No último dia da 4.ª Cúpula das Américas em Mar del Plata, na Argentina, o presidente do México, Vicente Fox, disse que negocia a integração do país no Mercosul em meados do próximo ano. "O Mercosul é um bom exemplo de comércio. Se não fosse um sucesso, não estaríamos batendo na porta para entrar", afirmou.

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Fox defendeu o livre comércio e citou o Chile e o México como exemplos de integração. Para ele, os dois países têm economias estáveis e conseguiram reduzir a pobreza e as desigualdades sociais. "Queremos um acordo no continente único, criativo, que beneficie a todos, e sobretudo aos menos desenvolvidos", destacou.

A sinalização da vontade de Fox para integrar o Mercosul foi dada um dia depois dele ter dito que a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) poderia ser feita sem o Mercosul e a Venezuela. A declaração foi rebatida pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim: "se outros países querem fazer acordos de livre comércio entre si, o problema é deles".

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O presidente do México defendeu a Alca e disse que, na reunião bilateral com o Brasil, ouviu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ele não tem oposição ao acordo, mas que a eliminação dos subsídios agrícolas que os Estados Unidos fazem é condição. "E eu estou de acordo", disse Fox.

Vicente Fox afirmou que tem um caso de amor tanto com o Mercosul como com a Alca. "Meu amor é amplo e total pelos dois acordos de livre comércio. Se não existir o ‘sim’ (do Mercosul) à minha proposta de casamento, continuarei fazendo amor com o Mercosul e com a Alca", destacou.

O Mercosul tem, além de seus quatro membros originais (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), Bolívia, Chile, Equador, Colômbia, Peru e Venezuela, como membros associados. Venezuela quer ser membro permanente.