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França aniquila célula terrorista e evita novo atentado no Centro de Paris

Polícia inspeciona carros em local próximo de onde mulheres planejavam novo atentado em Paris | Geoffroy Van Der Hasselt/AFP
Polícia inspeciona carros em local próximo de onde mulheres planejavam novo atentado em Paris (Foto: Geoffroy Van Der Hasselt/AFP)

A polícia francesa desbaratou um novo projeto de atentado depois de descobrir um carro abandonado com seis botijões de gás em pleno centro de Paris, o que levou à prisão de um comando de mulheres que juraram lealdade ao grupo Estado Islâmico.

O anúncio foi feito pelo presidente francês François Hollande, que se encontra em Atenas, onde se encontra para participar em uma cúpula dos países mediterrâneos da União Europeia. Além do anúncio, Hollande pediu uma “vigilância reforçada”.

“O caso já está nas mãos da justiça, o promotor público fará declarações esta tarde, mas, enquanto presidente da República quero saudar os serviços de inteligência”, declarou.

Prisão

A polícia prendeu na noite de quinta-feira (8) três mulheres radicalizadas envolvidas na investigação sobre o carro com botijões de gás achado no coração de Paris.

A mais jovem, Inés Madani, de 19 anos, ferida a bala pela polícia, é a filha do proprietário do carro, encontrado no último domingo (4) nas proximidades da catedral Notre-Dame de Paris. As outras mulheres detidas têm 39 e 23. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, as chamou de “radicalizadas, fanáticas”.

Uma das mulheres feriu a facadas um policial durante a operação. O ministro declarou que elas preparavam “novas ações violentas e, ao que parece, iminentes”.

O companheiro de uma das três suspeitas, com antecedentes por radicalização islamita, também foi detido em um subúrbio na zona oeste de Paris.

O irmão desse homem está atualmente detido por estar relacionado com Larosi Abala, um jihadista que, em junho, assassinou um policial e sua companheira em sua residência na região parisiense, segundo fontes ligadas à investigação.

Quatro pessoas foram detidas no Centro e no Sul da França. “São dois irmãos e suas companheiras”, disse à AFP uma das fontes, sem explicar qual seria o papel dessas pessoas neste caso.

Vingança

Inès Madani tinha antecedentes nos serviços de segurança. A jovem teria manifestado sua intenção de ir para a Síria. Segundo a rádio RTL, ela e suas cúmplices queriam vingar a morte do porta-voz e número dois da organização jihadista, Abu Mohamed al Adnani. A morte do estrategista do EI foi anunciada no fim de agosto pelo grupo.Washington e Moscou disputam a autoria do bombardeio que acabou com sua vida no norte da Síria.

Agora, a polícia francesa está em alerta pelo risco de atentados nas estações de trem de Paris e no subúrbio.

Os investigadores ainda tentam entender porque o carro, com o pisca-alerta ligado e sem placa, foi estacionado em pleno Bairro Latino, a poucos metros da catedral de Notre Dame de Paris, visitada por milhares de turistas.

Dentro do veículo foram encontrados cinco botijões de gás e três recipientes de combustível, mas nenhum sistema de detonação foi localizado.

A França permanece em alerta após uma série de atentados em 2015 e 2016.

Os mais recentes aconteceram em Nice, onde um caminhão atropelou e matou 86 pessoas em 14 de julho, e na região de Rouen (noroeste), onde um padre de 85 anos foi degolado durante uma missa.

O serviço de inteligência teme que, depois do uso de metralhadores, coletes com explosivos e facas, o próximo ataque aconteça com artefatos explosivos em locais de grande fluxo de pessoas.

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