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TERROR NA FRANÇA

França caça irmão de suspeitos em ataques em Paris

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As forças de segurança da França divulgaram neste domingo (15) a foto de um fugitivo suspeito de envolvimento nos ataques em Paris, advertindo que ele é muito perigoso. “Não mexam diretamente com ele”, alerta o comunicado policial.

O homem, identificado como Salah Abdeslam, 26, alugou o carro que levou terroristas à casa de shows Bataclan, onde foram mortas 89 pessoas.

Acredita-se que Abdeslam, que nasceu em Bruxelas, esteja envolvido diretamente com o massacre de sexta, que deixou 129 mortos e cerca de 350 feridos, no pior dia de violência na França em décadas.

Ele é um de três irmãos suspeitos de envolvimento na matança: um deles foi preso na Bélgica, enquanto o outro morreu nos ataques.

Abdeslam alugou o Volkswagen Polo preto usado pelo grupo de sequestradores que atuaram no Bataclan.

Sete pessoas foram detidas neste domingo na Bélgica em conexão com os ataques na capital francesa, que entrou em seu terceiro dia de luto pelas vítimas. Outras três pessoas foram presas na Bélgica no sábado (14).

Ao menos três dos sete homens-bombas eram franceses, assim como é francês ao menos um dos detidos na Bélgica.

Acredita-se que Ismael Omar Mostefai, identificado no sábado por suas digitais, vivia em um subúrbio de Paris antes dos ataques. De 29 anos, ele seria filho de um argelino e de uma portuguesa.

Os outros dois homens-bomba franceses viviam em Bruxelas, sendo que um deles morava no bairro de Molenbeek, que é considerado um reduto de extremismo religioso, com muitos de seus residentes indo lutar na Síria.

As autoridades francesas estão particularmente preocupadas com a ameaça de centenas de franceses radicalizados que viajaram à Síria estarem voltando ao país, possivelmente com habilidades perigosas.

No sábado, o Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques, lançados com tiros e bombas contra um estádio de futebol, a casa de shows e restaurantes e bares.

TERRORISMO DOMÉSTICO

As novas informações aumentaram os temores de terrorismo doméstico em um país que exportou mais extremistas do que qualquer outro país na Europa.

Todos os três atiradores nos ataques de janeiro no semanário satírico “Charlie Hebdo” e em um supermercado kosher em Paris eram franceses.

Desta vez, três grupos de terroristas estiveram envolvidos, com sete homens-bomba se explodindo —três perto de um estádio de futebol, três no Bataclan e um não longe desta casa de shows.

Um tíquete de estacionamento encontrado dentro do Volkswagen Polo estacionado do lado de fora do Bataclan deu as pistas para a prisão de um homem na Bélgica, de acordo com uma fonte policial.

Três fuzis Kalashnikovs foram encontrados em outro carro que foi usado nos ataques, um Seat achado em Montreuil, subúrbio a 6 km a leste da capital francesa.

Um passaporte sírio encontrado perto do corpo de um dos homens que atacaram o estádio de futebol sugere que seu portador entrou na União Europeia pela Grécia e de lá foi para a Macedônia e a Sérvia no mês passado.

Essa é uma rota usada por milhares de refugiados e migrantes que fogem da guerra e da pobreza na Síria e em outros países de conflito.

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