Pela segunda vez neste ano, os muçulmanos que vivem na França testemunharam uma carnificina nas ruas de Paris promovida por radicais islamitas, e o medo que agora sofrerão como consequência dos atos terroristas.
A chocante onda de violência na sexta-feira, quando radicais fortemente armados mataram mais de 120 pessoas e feriram 352 em ataques em uma casa de shows, bares e um estádio, imediatamente lançou os holofotes para a maior população islâmica na Europa, a da França.
Líderes da comunidade muçulmana se apressaram em denunciar o massacre e políticos culparam o grupo radical Estado Islâmico pela violência. Mas muçulmanos comuns temem que serão eles apontados culpados.
“Quando você se parece com um muçulmano, é complicado”, disse Marjan Fouladvind, um estudante de doutorado iraniano que vive em Paris. “A maneira como as pessoas olham para nós vai mudar mais uma vez, e não para melhor... Às vezes é melhor ser confundido com um judeu e não com um muçulmano, pois aí temos menos problemas pela frente.”
Os cinco milhões de muçulmanos na França viram facilmente como a relação é feita depois dos ataques em janeiro que mataram 17 pessoas na revista satírica Charlie Hebdo e em um supermercado kosher. Nas semanas que sucederam o episódio, atos anti-Islã, como a pixação de mesquitas e ondas de insultos a mulheres com véu, foram registrados.
O Observatório Nacional de Islamofobia registrou um aumento de 281 por cento em incidentes como esse no primeiro trimestre de 2015 comparado aos mesmos três meses do ano anterior.
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