O ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppé, disse nesta segunda-feira que a situação no Mali está se "deteriorando rapidamente", mas descartou o envio de soldados para a ex-colônia francesa. "A situação é perigosa e é por isso que eu peço a todos os cidadãos, cuja presença não seja essencial, que deixem o país", declarou Juppé em Dacar.
Segundo ele, o fato de haver seis reféns franceses nas mãos da Al-Qaeda no Magreb Islâmico mostra que "somos claramente um alvo". "Nós podemos ajudar com logística ou treinamento, mas não há possibilidade de enviarmos soldados franceses para o território malinês."
A França, que tem soldados estacionados em Dacar e na Costa do Marfim, tentou duas vezes intervir para salvar os reféns, mas os resultados foram desastrosos.
Em julho de 2010, um refém francês foi morto em retaliação a uma fracassada tentativa de resgate. Em janeiro de 2011, dois franceses foram mortos no deserto malinês, quando forças especiais francesas e do Níger tentaram salvá-los.
Moradores de Timbuktu, no norte do Mali, disseram nesta segunda-feira que a bandeira negra da facão islamita Ansar Dine tremula sobre a cidade, que no domingo caiu em mãos rebeldes. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
- Militares do Mali pedem ajuda para conter rebeldes
- Nômades tuaregues assumem controle de norte do Mali
- Líder do golpe em Mali pede ajuda externa para conter tuaregues
- Líderes da África cancelam visita a Mali temendo violência
- Milhares protestam em Mali contra intervenção externa
- Junta Militar anuncia nova Constituição no Mali
Deixe sua opinião