França e Itália anunciaram nesta sexta-feira reforços em sua segurança para impedir atentados como os deste mês em Londres, que causaram grande alarme para os governos europeus.

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Nem Itália nem França foram alvo de extremistas islâmicos recentemente, mas o ministro italiano do Interior, Giuseppe Pisanu, disse que no seu país isso é apenas questão de tempo.

- A ameaça terrorista está conosco todos os dias - disse ele a jornalistas, ao anunciar um pacote de medidas que facilitará a deportação de suspeitos, reforçará a vigilância da Internet e aumentará as penas para crimes relativos ao terrorismo.

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- Terroristas islâmicos têm memória longa. Eles fazem ameaças e as cumprem mesmo que muito tempo já tenha se passado. Precisamos nos preparar para o pior - afirmou o ministro.

A Itália é aliada dos Estados Unidos e enviou 3.000 soldados ao Iraque. Pela Internet, extremistas divulgaram mensagens ameaçando atacar caso a Itália não retire as tropas, opção que foi rejeitada pelo governo.

Embora a França tenha se oposto à guerra do Iraque, o governo de lá também acredita que o país pode ser atacado.

O ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, disse a jornalistas nesta sexta-feira que a França pretende reforçar os procedimentos de coleta de informações e reprimir os militantes.

Ele disse que, embora todos na França tenham o direito de praticar sua religião, "a era das explosões suicidas em Londres mostra a influência de pregadores radicais sobre mentes fracas, o que não é aceitável".

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Em discurso na Córsega, ele anunciou "aumento de verbas para a vigilância por vídeo, aceleração das técnicas para reunir material telefônico e armazenar dados e reforço no monitoramento precoce de elementos radicais".

Ambos os países reforaram a segurança nos seus sistemas de transportes após os atentados suicidas de 7 de julho em Londres, que mataram mais de 50 pessoas no metrô e em um ônibus.

A repetição dos ataques na quinta-feira, embora em menor escala, mostra a dificuldade das polícias européias em manter a segurança das cidades, pois freqüentemente são usadas leis antiquadas para combater ameaças modernas.

Entre as novas medidas anunciadas na sexta-feira pela Itália estão uma nova lei que proíbe preparar explosivos para atentados ou treinar pessoas para o seu uso. A polícia italiana terá no futuro 24 horas para identificar os presos, em vez das 12 horas atuais, e poderá recolher amostras de DNA de suspeitos que se recusem a colaborar.

A Grã-Bretanha também tem planos de rever suas leis contra o terrorismo ainda neste ano, e uma das preocupações do governo é impedir a atuação de clérigos islâmicos radicais que incentivam a violência.

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A polícia britânica quer poderes extraordinários, como por exemplo o de manter um suspeito de terrorismo preso por até três meses sem acusação formal.