Dois franceses sequestrados na sexta-feira na Nigéria foram mortos, apesar de uma tentativa de resgate das forças da França, informou o presidente Nicolas Sarkozy em um comunicado. Os reféns foram encontrados mortos na fronteira entre a Nigéria e o Mali depois que tropas francesas entraram em conflito com os sequestradores, matando vários deles, como afirmou ontem o ministro de Defesa francês, Alain Juppé.
Sarkozy condenou os assassinatos dos reféns como um "ato covarde e bárbaro". As duas vítimas, que não foram identificadas, haviam sido sequestradas por quatro homens armados enquanto jantavam em um restaurante na noite de sexta-feira em Niamey, capital da Nigéria.
Não ficou imediatamente claro quando o conflito pela libertação dos reféns começou. Nenhum grupo assumiu o sequestro e não se sabe ainda se a Al-Qaeda teve alguma participação. Cinco outros reféns franceses que foram sequestrados em setembro do ano passado na Nigéria pela Al-Qaeda provavelmente estão sendo mantidos no Mali.
Em julho de 2010, tropas francesas se juntaram a tropas da Mauritânia em um combate ao movimento Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM) com base no Mali. Logo depois, sequestradores anunciaram que haviam matado um refém francês de 78 anos e disseram que Sarkozy, ao intervir no assunto, havia "aberto as portas do inferno".
Uma grande quantidade de homens forma as tropas francesas espalhadas pelo deserto do Sahel, que cobre partes da Mauritânia Mali, Nigéria e Argélia, onde grupos militantes ligados à Al-Qaeda atuam. Os quatro países iniciaram uma operação conjunta para combater os militantes. Os Estados Unidos têm fornecido treinamento para as tropas na região. As informações são da Associated Press.