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Epidemia

Franceses testam antiviral japonês contra ebola na Guiné-Conacri em novembro

A Libéria é um dos países mais afetados pela epidemia de Ebola na África | REUTERS/James Giahyue
A Libéria é um dos países mais afetados pela epidemia de Ebola na África (Foto: REUTERS/James Giahyue)

O Instituto francês de Saúde e Investigação Médica (Inserm) vai testar o antiviral japonês favipiravir (Avigan), um dos tratamentos experimentais contra o vírus ebola, na Guiné-Concacri, em novembro, segundo um dos especialistas da instituição.

O ensaio clínico vai começar no início de novembro com cerca de 60 doentes da Guiné, informou Jean-François Delfraissy, que dirige o Instituto de Microbiologia e Doenças Infecciosas do Inserm, em entrevista publicada hoje (20)

"Vamos testar o efeito de dosagens elevadas dessa molécula sobre o homem, os seus efeitos sobre a carga viral e a mortalidade", explicou.

Não existe atualmente nenhum tratamento reconhecido oficialmente para lutar contra o ebola, que atinge, de forma violenta, quatro países da África Ocidental, no pior surto registrado até hoje.

Existem diversos tratamentos experimentais em todo o mundo, mas esses produtos não estão, geralmente, disponíveis, em grandes quantidades.

Entre eles está o favipiravir, um antiviral contra a gripe aprovado em março pelo Japão, mas que pode ter também efeitos sobre o ebola, apresentando como principal vantagem o fato de poder ser administrado sob a forma de comprimidos, mais fáceis de usar em zonas com infraestrutura precária de saúde.

Um porta-voz da empresa japonesa Toyama Chemical, uma filial da Fujifilm, que desenvolveu o antiviral, assegurou em agosto que as reservas eram suficientes para mais de 20 mil pessoas.

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