O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, que já cumpre uma sentença de 25 anos de prisão, assumiu nesta segunda (28) a culpa por ter ordenado interceptações telefônicas, suborno de congressistas e a compra da linha editorial de meios de comunicação com recursos do Estado. Quando o tribunal perguntou a Fujimori se ele aceitava as acusações, a resposta foi sucinta: "De acordo".
O julgamento público foi transmitido pela televisão. O fato de Fujimori ter aceitado a acusação significa que ele será sentenciado na quarta-feira, segundo anunciou o tribunal. Segundo os promotores, Fujimori ordenou seu ex-chefe de espionagem, Vladimiro Montesinos, a grampear o telefone de 28 políticos, jornalistas e empresários e a subornar 13 congressistas.
São três casos que foram reunidos em um único processo no qual Fujimori é acusado se ser o autor de crime de violação de segredo das comunicações, suborno e peculato, acusações pelas quais a promotoria pediu a pena máxima de oito anos de prisão.
Esta será a quarta condenação recebida pelo ex-presidente, de 71 anos, que cumpre desde abril uma pena de 25 anos de prisão pela morte de 25 pessoas por um destacamento militar que operou como parte de luta contra a subversão durante seu governo.
Sua filha, que lidera as pesquisas para a presidência do país, disse que perdoará seu pai caso seja eleita.