Os transportes públicos da França entraram em seus sexto dia de greve nesta segunda-feira (19), início de uma semana em que os funcionários públicos também se unirão ao primeiro grande movimento contra a ambiciosa reforma promovida pelo presidente Nicolas Sarkozy.

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Para acentuar a pressão sobre o governo, os grevistas contam com o apoio dos funcionários públicos, que nesta terça-feira devem iniciar sua paralisação para protestar contra o projeto de supressão de postos (22.900 em 2008) e pedir um aumento de salários.

A convocação envolve 5,2 milhões de funcionários e pode provocar problemas nos aeroportos, onde, por exemplo, os controladores de vôo são empregados do estado.

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Na manhã desta segunda-feira (19), a circulação nos transportes urbanos de Paris prosseguia com problemas, apesar de menos que o previsto, já que um metrô em cada três se encontra funcionando, afirmou a companhia pública RAPT. O tráfego de ônibus era de 35%. Franceses estão apelando para caronas ou mesmo o aluguel de bicicletas para escapar do caos no tráfego.

Para esta segunda, a direção da companhia ferroviária SNCF também assinalou uma melhoria do serviço.

Nas estradas, as primeiras dificuldades já podem ser sentidas na periferia de Paris, com engarrafamentos de 12 km numa das principais rodovias de acesso à capital, segundo o Centro Nacional de Informação de Estradas.

Sarkozy, que fez da reforma dos regimes especiais de aposentadoria um símbolo de seu desejo de mudar o país e afirmou diversas vezes que não cederá às pressões. Este conflito é considerado como a prova de fogo para o governo e Sarkozy parece contar com o apoio da opinião pública, já que cerca de 60% dos franceses defendem esta reforma.

Adiada várias vezes, a reforma prevê o aumento de 37,5 para 40 anos da duração da contribuição, e envolve 500.000 pessoas (em maioria motoristas de trem, eletricistas e gasistas).

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